Com efetivo insuficiente, oito unidades param por mais de 24 horas

Oito unidades da Replan sofreram um apagão no dia de 6, a maioria permaneceu parada por mais de 24 horas. O Craqueamento foi a área mais afetada e ficou fora de operação por quase três dias. O problema foi ocasionado pela queda de energia elétrica fornecida pela CPFL e comprovou que o efetivo mínimo, que vinha operando antes da liminar concedida dia 11 (leia abaixo) já era insuficiente para casos de emergência.
A falta de energia aconteceu durante a manutenção de um turbo gerador de alta potência no setor de Utilidades e ocasionou a paralisação das unidades, inclusive de algumas que não estavam programadas para parar – existe na refinaria uma programação pré-estabelecida de quais unidades deverão ser desligadas nas situações de falta de energia. “Havia necessidade de parar esse turbo gerador por três dias, sabendo que nas últimas semanas já tinham ocorrido duas falhas no sistema de energia?”, questiona o diretor Valdir Francisco da Silva.
“Há um despreparo muito grande da empresa nos procedimentos de emergência, uma situação como essa poderia colocar os trabalhadores e toda a refinaria em condição de risco e ocasionar até mesmo uma tragédia”, destacou o diretor do Unificado Antonio Eduardo Fernandes.
Segundo ele, os flares (sistemas de segurança das tubulações que são utilizadas para a passagem de gases e líquidos produzidos durante o processo de refinamento) queimaram uma quantidade de combustível maior do que a prevista e o produto acabou escorrendo pelo lado externo das tochas. “Isso poderia causar um incêndio de grandes proporções”, alerta Fernandes.

Efetivo reforçado
Na emergência, supervisores, gerentes e CTO’s atuaram na parada e no restabelecimento das unidades afetadas. Trabalhadores foram obrigados a dobrar o turno para o controle da situação. O efetivo mínimo dos grupos foi reforçado com mais operadores, para garantir a normalização do processo.
O incidente provocou correria na refinaria, em busca de pessoal especializado para poder ajudar a restabelecer a produção. “Deve-se levar em consideração que a Replan operava com o número mínimo estabelecido pela liminar, favorável ao Sindicato. A redução do efetivo vai comprometer ainda mais a segurança, não só da refinaria, mas de toda comunidade em seu entorno”, concluiu Fernandes.

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