Bronca do Peão: Supervisor da manutenção assume cargo de CTO na ETA da Replan

Quando a gerência transforma função crítica em favor administrativo, o risco não é só da operação: é a segurança de todos que está em jogo

Charge gerada por Inteligência Artificial

A função de coordenador na Petrobrás é definida de forma muito específica conforme a área de atuação e o processo em que está inserido. Em geral, o coordenador atua como principal responsável pela organização, planejamento, execução e controle das atividades dentro do seu escopo, promovendo a integração entre diversas áreas envolvidas e garantindo o cumprimento das especificações técnicas, prazos e qualidade dos processos. Revisa as matrizes de libra, elabora as análises de riscos operacionais e elabora ou revisa os procedimentos de operação.

No setor de Utilidades, na área da Estação de Tratamento de Água (ETA), da Refinaria de Paulínia (Replan), um supervisor da gerência de manutenção está cobrindo férias do Coordenador Técnico de Operações (CTO). O que nos causa estranheza, uma vez que, pela própria definição do cargo e pela estrutura da refinaria, deveria ser exercido exclusivamente por um técnico de operação.

A justificativa da liderança do setor é que “não existe um único trabalhador capacitado disponível e que é importante dar oportunidade para outras pessoas de fora do setor”. Mas será mesmo possível que ninguém da ETA teria interesse em ter essa oportunidade de capacitação? E por que a escolha dessas pessoas exclui o setor de RH e ignora completamente as políticas de diversidade e inclusão da companhia?

Por fim, como alguém pode estar exercendo um cargo restrito à operação sem ter passado por qualquer processo de mudança de ênfase, sem ter passado por treinamentos da área e sem qualquer certificação para o exercício da função?

O cargo de CTO não é como a coordenação de uma área administrativa ou de processos abrangentes. Como o próprio nome da função enfatiza, trata-se de uma coordenação técnica.

Ignorar os procedimentos da Petrobrás e da própria refinaria coloca em risco a segurança operacional da unidade e também a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras da Replan.

 

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