Mesmo com ampla rede disponível no mercado, plano Saúde Petrobrás ignora demandas há mais de 10 anos

Há mais de uma década, trabalhadores e trabalhadoras da Transpetro que atuam nos Terminais de Barueri e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, enfrentam um problema que compromete o acesso à saúde e o bem-estar da categoria: a ausência de hospitais credenciados próximos às unidades pelo plano Saúde Petrobrás (AMS).
Mesmo localizadas em uma das regiões mais desenvolvidas do estado, com ampla oferta de hospitais e clínicas de referência, os beneficiários da AMS precisam se deslocar por longas distâncias até o centro de São Paulo para conseguir atendimento. Entre as opções viáveis e próximas estão o Hospital São Luiz Alphaville, a apenas 3,2 km da unidade, e o Hospital e Maternidade São Luiz Osasco, a 7,1 km — ambos da Rede D’Or, já credenciada pela AMS em outras 19 unidades no estado de São Paulo e em 67 no Brasil. O mesmo ocorre em Guarulhos, onde opções viáveis como o Hospital São Luiz Guarulhos, a 12 km, e o Hospital Stella Maris, a 15 km, não estão cadastrados.
Apesar das diversas tentativas do sindicato e da base em encaminhar alternativas concretas, a gestão do plano de saúde e da empresa seguem indiferentes à situação. “Estamos pedindo o mínimo: dignidade no acesso à saúde. Indicamos opções viáveis, próximas, com estrutura e já conveniadas em outros locais. O que falta é respeito com os trabalhadores”, afirma um representante da base.
Em carta enviada ao Sindipetro Unificado, a categoria reivindica que a Transpetro e a administração da AMS apresentem uma solução com prazos e medidas concretas. Para os representantes sindicais, o problema compromete o direito básico à saúde e à dignidade, previsto em contrato de trabalho.