Por Norian Segatto
Desde o início da manhã da sexta-feira, 22, trabalhadores e trabalhadoras e diversas categorias, em todo o país, se mobilizaram para protestar contra a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro.
Na Recap, petroleiros próprios e terceirizados cruzaram os braços por duas horas, em um ato que contou com apoio da totalidade dos trabalhadores. Na Replan, na Portaria Sul, principal acesso à refinaria, centenas de petroleiros também participaram do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência; no terminal de Barueri e em outras bases do Unificado, também os trabalhadores/as se mobilizaram para protestar.

No final da tarde da sexta-feira, milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, no protesto organizado pelas CUT e demais centrais sindicais. Segundo os organizadores do evento, mais de 70 mil pessoas participaram da mobilização na mais importante via da capital paulista. Os petroleiros também se fizeram presentes ao ato, com faixas de protesto e o tradicional jaleco amarelo. “Estamos desde as primeiras horas da manhã conversando com os trabalhadores, realizamos duas grandes mobilizações na Recap e na Replan e agora estamos aqui na Paulista com a certeza de que a proposta do governo irá enfrentar grande oposição popular”, destacou o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.

Os atos da sexta-feira foram um esquenta para a greve geral que a CUT e demais centrais sindicais vão organizar se o governo insistir em manter a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019) que praticamente acaba com o direito à aposentadoria no Brasil.
A adesão massiva dos trabalhadores, trabalhadoras e da sociedade brasileira aos atos realizados em todo o Brasil foi comemorada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas. Para ele, a quantidade de pessoas que foi às ruas protestar contra a PEC de Bolsonaro mostra que a comunicação da CUT, demais centrais, movimentos sociais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo foi mais eficiente que a do governo, que tentou enganar dizendo que a reforma é boa para o país.
“O povo sabe que Bolsonaro quer acabar com a aposentadoria e entregar a Previdência Pública para os bancos”, afirmou Vagner.
“Hoje é um esquenta. Vamos fazer outros atos rumo à greve geral”.

Não à violência
A manifestação dos trabalhadores também teve um ato ecumênico contra a violência. As vítimas do massacre da escola Raul Brasil foram lembradas.
“Isso é o que acontece quando pessoas influentes incentivam a violência. Nós queremos construir a paz e os direitos. É por isso que lutamos, por paz e justiça social”, finalizou o presidente da CUT.
Com informações: CUT