A CUT, demais centrais, as frentes Brasil popular e Povo sem medo, além entidades estudantis e de movimentos sociais e populares convocam a população para saírem às ruas no dia 13 de agosto, para grandes mobilizações contra a reforma da Previdência.
Desde as paralisações dos dias 15 e 30 de maio, o movimento sindical vem conversando com trabalhadores de todo país, mostrando quanto se perde com essa reforma, que só beneficia empresários e o setor financeiro. A Câmara Federal aprovou, em primeira votação, pontos como a obrigatoriedade da idade mínima (65 para nos homens e 62 para as mulheres), mudança nos cálculos dos benefícios para reduzir os valores, das pensões para as viúvas e até para os aposentados por invalidez, retirar de mais de 13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada o abono salarial, entre outras consideráveis perdas.
“Para nós, trabalhador é só perda, enquanto os empresários passar a ser isentos de recolher sua parte na contribuição e os bancos irão ampliar os planos de previdência privada, lucrando ainda mais. Não podemos deixar passar isso, já vimos nesses seis primeiros meses do ano, a que senhor este governo serve”, avalia o coordenador do Unificado, Juliano Deptula, que convoca todos os petroleiros e petroleiras e se manifestarem nessa data. “Vamos aproveitar o dia 13 para denunciar, também, o desmanche da Petrobrás e as tentativas de acabar com direitos históricos de nosso acordo coletivo”.
Alguns avanços
A pressão popular conseguiu barrar alguns dos muitos absurdos contidos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, nome oficial da reforma da Previdência, como as que atingiam os trabalhadores/as rurais e os idosos em condição de miséria que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e, principalmente, a capitalização, que, na prática, decretaria o fim do atual sistema previdenciário no país.
“Foi com greve geral e nossas manifestações que barramos a capitalização, que era o grande interesse do ministro da Economia, Paulo Guedes, para entregar aos bancos a aposentadoria do trabalhador e acabar com a Previdência pública e universal, com seguridade social e transformar isso num produto a ser comprado por 10% da população que teria condições de pagar por uma Previdência privada. Isso nós barramos”, comemora o presidente da CUT, Vagner Freitas, mas alerta que, sem barrar completamente a PEC 006, esse e outros retrocessos podem ser novamente incluídos no projeto.
Por isso é preciso lutar, estarmos atentos e fortes, como diz a música. Dia 13 é dia de mais uma batalha.