Maior refinaria da Petrobrás impede entrada de carros com adesivos do Lula

Seguranças da Refinaria de Paulínia (Replan) estão condicionando o acesso de veículos particulares dos trabalhadores à retirada de adesivos favoráveis ao candidato petista

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Carros com bandeiras do brasil foram liberados (Foto: Kamá Ribeiro)

Por Guilherme Weimann

No início da manhã desta terça-feira (4), seguranças da Refinaria de Paulínia (Replan) – a maior do país e do Sistema Petrobrás – impediram a entrada de veículos particulares que possuíssem adesivos de propaganda eleitoral do candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Logo de manhã, fomos surpreendidos com os seguranças barrando os carros que tivessem adesivos de propaganda eleitoral. Conversei com o chefe da segurança, mostrei a legislação eleitoral, mas ele disse que estava se baseando em um código de ética da Petrobrás”, apontou um trabalhador da unidade, que preferiu não ser identificado.

De acordo com o assessor jurídico do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), João Antonio Faccioli, a legislação permite aos trabalhadores utilizarem adesivos plásticos em automóveis, caminhões, bicicletas e motocicletas no ambiente de trabalho, desde que não excedam meio metro quadrado.

Além disso, o diretor do Sindipetro-SP e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Arthur Bob Ragusa, aponta que o Código de Ética da empresa prevê o respeito, promoção da diversidade e o combate a todas as formas de preconceito e discriminação.

“O que está ocorrendo é um flagrante desrespeito à legislação brasileira, que resguarda o livre direito de manifestação individual, e ao próprio Código de Ética da Petrobrás, que não tolera nenhum tipo de discriminação aos seus empregados”, aponta.

De acordo com os petroleiros ouvidos pela reportagem, carros com bandeiras do Brasil – que se tornaram símbolos da campanha de reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro – puderam entrar livremente nas instalações da refinaria.

Diante disso, a diretoria do Sindipetro-SP enviou um ofício cobrando explicações do gerente de Relações Sindicais, Jonathan Xisto de Oliveira. Confira:

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