Sindipetro Unificado assina Acordo Coletivo de Trabalho nesta quarta-feira (16)

Petroleiros seguiram indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e aprovaram acordo coletivo que, dentre uma série de garantias, veta demissão sem justa causa nos próximos dois anos

Nas bases do Unificado, 78,68% votaram a favor do ACT (Foto: Itamar Sanches)

Por Guilherme Weimann

Após aprovação pelos trabalhadores da contraposta da Petrobrás, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) e outros 11 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros assinarão, nesta quarta-feira (16), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com validade para os próximos dois anos (2020-2022). A assinatura poderá ser feita presencialmente ou por meio virtual, de acordo com a disponibilidade dos membros da direção de cada sindicato.

No caso do Sindipetro Unificado-SP, participaram das assembleias 610 petroleiros de todas as bases. O resultado mostrou que 76,23% dos trabalhadores aprovaram a renovação do ACT. Foram 465 votos favoráveis, 126 votos contrários e 19 abstenções. Na contagem dos votos válidos, descontando as abstenções, a taxa de aprovação ficou em 78,68%.

No acordo, a Petrobrás se compromete a não realizar nenhuma demissão sem justa causa pelo prazo de validade do acordo, até agosto de 2022, além de se comprometer com o reajuste salarial automático de 100% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em setembro de 2021.

O ACT também garante que os descontos da Assistência Médica de Saúde (AMS) será feita no contracheque e cria um grupo de trabalho conjunto para acompanhar e propor medidas que regulamentem o teletrabalho na companhia. Desde o início da pandemia, cerca de 20 mil trabalhadores de um total 46 mil estão nesse regime de teletrabalho.

Próximos passos

Nesta terça-feira (15), a FUP debaterá os próximos passos de mobilização dos petroleiros no programa “Encontro com a categoria”, que será transmitido ao vivo pelos canais do YouTube e Facebook.

Serão discutidas as lutas contra a implantação da associação privada para gerir a AMS, a derrubada das resoluções 22 e 23 da CGPAR, além das estratégias para fortalecer a campanha “Petrobrás Fica”, que visa combater as privatizações em curso na estatal.

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