A vida do petroleiro Rogério Hipólito Soares, que trabalha há 17 anos na Replan, é movida por desafios e superações. Para vencer o irmão no xadrez, ele decidiu fazer aulas e, em pouco tempo, já estava disputando competições estaduais e nacionais. Há poucos anos foi convidado por um amigo a fazer uma trilha de bike. A dificuldade em completar o percurso motivou Rogério a se exercitar e treinar mais. Hoje, o operador do Coque consegue pedalar mais de 300 km.
A paixão pelo xadrez começou na infância, por influência do irmão do meio, que era sempre quem vencia a partida. Nascido em Santos, Rogério e sua família tinham acabado de se mudar para Campinas, quando ele descobriu que a prefeitura oferecia aulas gratuitas de xadrez. O garoto de 11 anos não perdeu tempo e começou a frequentar o curso duas vezes por semana.
Em pouco tempo o menino já dominava a técnica e passou a vencer o irmão e os professores de xadrez. Fera no jogo, ele entrou para a Academia de Xadrez de Campinas e começou a disputar partidas com adultos. Com 13 anos, ele participou do seu primeiro Campeonato Paulista, em Bauru, e derrotou o bicampeão nacional do ano, tornando-se campeão paulista sub-14. A partir daí, a presença do enxadrista em competições passou a ser frequente.
Logo que ingressou no ensino médio, Rogério deixou o esporte de lado. Voltou às competições com 18 anos, mas o tempo para dedicação era cada vez menor. Acabou optando em priorizar a carreira profissional e a vida familiar. “Pretendo retomar o xadrez e os campeonatos quando me aposentar e tiver mais tempo disponível”, afirmou. Atualmente, Rogério disputa somente o Torneio de Xadrez da Bosch, que tem rodadas duas vezes por mês.
Bike
Há quatro anos, o ciclismo surgiu na vida de Rogério. Ele foi pedalar com um amigo em Joaquim Egídio, distrito de Campinas, e teve dificuldade para concluir o percurso. “Era uma época em que eu estava sedentário e decidi que tinha que me superar”, conta ele.
O petroleiro passou a pedalar com mais frequência em trilhas e estradas. Partindo de Sumaré, onde mora, o tecnólogo da informação já conheceu dezenas de cidades e deu a volta por toda a ilha de Florianópolis (SC). “Os lugares que conheço e as amizades que faço pedalando são conquistas que eu não teria se fosse de carro”, destaca.
Rogério diz que costuma pedalar cerca de três vezes na semana e aos sábados e domingos ele percorre distâncias maiores. “Meu principal feito esportivo até hoje foi ter ganhado a medalha Brevet 300 km. Pedalei das 7h da manhã até 1h da madrugada, sem parar, começando em Santos e passando por cerca de 10 cidades”, lembra entusiasmado.
A próxima aventura do ciclista está programada para o mês de novembro e será uma rota de peregrinação. Rogério vai percorrer o “Caminho da Fé” e pedalar cerca de 330 km, passando por dezenas de cidades do estado de São Paulo, com destino ao Santuário Nacional de Aparecida.
Por Alessandra Campos e Andreza de Oliveira