Velejar é preciso

Pedro Sérgio Augusto, da Replan

 

É só ter uma folga no trabalho que o operador na unidade de destilação da Replan Pedro Sérgio Augusto parte em direção ao mar, para fazer uma das coisas que ele mais gosta na vida: velejar. O destino costuma ser Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, onde o petroleiro desafia a solidão, a força das águas e do vento e as mudanças de clima, tenta superar seus limites e garantir muita adrenalina, que é o combustível do seu dia a dia.

O paulistano Pedro conta que sempre gostou de atividades que dão um friozinho na barriga. Quando criança, ele se aventurava pelas ruas com sua bicicleta. Assim que completou 18 anos comprou uma moto e começou a correr de motocross. “Assim que provei a sensação da adrenalina, não consegui mais ficar sem ela”, afirma ele.

Aos 30 anos, Pedro aprendeu a nadar. Dez anos mais tarde conheceu os esportes aquáticos e se apaixonou. “Eu ia à praia, ficava olhando as pessoas praticarem windsurf e queria entender como elas conseguiam fazer aquilo em alto mar. Um dia, resolvi experimentar e foi muito bom”, revela ele.

A segurança que sentiu praticando o esporte foi um dos fatores que mais chamou a atenção de Pedro. “Quando tive contato com essa modalidade, percebi que era possível atingir um pico de adrenalina ainda maior em relação ao motocross e com uma segurança inigualável. Isso foi muito confortante e motivador”, destaca ele.

Há sete anos, o petroleiro descobriu sua mais nova paixão aquática, o kitesurf, uma modalidade em que o praticante é navegado no mar por uma pipa. “É até mais fácil. O começo é como um estágio avançado do windsurf e a adrenalina já é alta, sem contar que é uma atividade mais tecnológica, portanto, ainda mais segura”, explica ele, que prefere praticar essa modalidade em praias do Nordeste. “As correntes marítimas do litoral nordestino são mais seguras por conta dos ventos”, enfatiza.

Como as praias do Nordeste ficam mais longe, nem sempre é fácil viajar para lá. Por isso, normalmente, quando está de folga da refinaria, o petroleiro acaba indo para Ilhabela. “Aqui no Sudeste dou preferência ao windsurf devido às frentes frias, o que torna a atividade até mais segura do que o kitesurf”, comenta.

Pedro é um velejador experiente, que está sempre em busca de mais adrenalina e desafios. “Velejo bem porque sou teimoso e persistente. A ideia sempre é superar o meu limite”, argumenta ele, que já tem um novo desafio pela frente: aprender a velejar de hydrofoil.

Nessa modalidade, o praticante veleja com uma prancha, que fica fora da água. “A prancha é sustentada por um aviãozinho e fica voando, literalmente. É muito difícil, mas eu comprei o equipamento e vou fazer aula”, assegura ele, que não é adepto de competições. Pedro acha que a disputa acaba com o espírito de solidariedade dos esportistas e ele prefere velejar sem pressão e no seu tempo.

O petroleiro garante que não consegue se imaginar longe do mar e da sensação de bem-estar que o esporte propicia à sua vida. “A vela me deu mais autoestima e confiança, pois consegui superar barreiras que eu nem imaginava. Sem contar que esse refúgio acalma a mente, algo extremamente necessário. Na hora em que estou velejando, só existe aquele momento, só existem o mar e eu”.

Por Alessandra Campos e Andreza de Oliveira

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