Em reunião com diretores do Sindicato na tarde do dia 8 de março, gerentes da Replan informaram que a manutenção da ETA deve ter início no mês que vem. Eles se comprometeram a conversar com os operadores, antes dos serviços começarem, para explicar os riscos e como serão executados os reparos na área.
Segundo o diretor do Unificado Jorge Nascimento, que participou da reunião, os gerentes argumentaram que o trabalho na ETA não foi realizado antes por causa do rompimento do contrato com a terceirizada AutVale.
“Sabemos que o problema é mais antigo, mas eles disseram que a inspeção de equipamentos já vinha acompanhando esse processo e que em dezembro do ano passado o problema do tanque se agravou. Explicaram ainda que estava tudo certo para a AutVale fazer a manutenção, mas a empresa quebrou”, relatou Jorge.
Um novo contrato está sendo estabelecido, de acordo com os gerentes da Replan, e sua assinatura deve ser efetivada no final deste mês, com a expectativa de começar os trabalhos de reparos em abril. Há a possibilidade de existir um vazamento na área, o que poderia ser a causa do afundamento e consequente desnível do piso embaixo do soprador, embora não seja um diagnóstico conclusivo. Os gerentes afirmaram que não há possibilidade de o problema avançar e se expandir para outras áreas da unidade, porém não apresentaram nenhum laudo ou análise técnica que confirmasse tal informação.
Risco
Em janeiro, o Sindicato fez um alerta sobre as condições de perigo da ETA, cuja estrutura estaria comprometida e com risco de desabamento. O problema teria começado em função do afundamento do piso em uma parte da unidade, que afetou duas vigas de sustentação da rede de tubulação aérea. A empresa isolou e sinalizou o local, mesmo garantindo que não há risco de colapso, e continua exigindo que os operadores acessem as imediações para executar manobras.