Por Alessandra Campos
Desde que tomaram posse em abril, os membros da Cipa Replan ainda não conseguiram dar andamento aos trabalhos, por conta de entraves burocráticos que vêm sendo impostos pela gerência. Os ataques às atividades dos cipistas, principalmente aos de regime de turno, que já eram frequentes na gestão anterior, se intensificaram e isso tem impedido que a nova comissão atue de forma efetiva.
Questões de gestão, como limitação de horas de trabalho, programação de serviços via comunicação oficial entre os gerentes (que seria uma boa ação desde que fosse realizada), restrição de dias e não aceitação de diversos planos de trabalhos apresentados são alguns exemplos do que vêm ocorrendo e travando a atuação da Cipa.
Os gerentes insistem em comparar os trabalhos realizados pelos cipistas com suas inspeções, o que é um grande equívoco, já que os escopos são diferentes. Os membros da Cipa não têm qualquer suporte externo para a elaboração de relatórios, apresentações e registro de atas. Além disso, a visita gerencial às áreas é previamente comunicada e, dessa forma, os problemas são camuflados.
Lamentavelmente, a Replan tem se utilizado de artimanhas gerenciais para limitar a atuação dos membros da Cipa, impedindo o apontamento de falhas de segurança, que resultarão em novas demandas de trabalho a serem resolvidas.
Alguns avanços, entretanto, parecem estar surgindo, após grandes embates nas reuniões. A refinaria sinaliza, por exemplo, que poderá ampliar o número de inspeções para suprir a redução determinada no tempo de vistoria.
Todos os trabalhos relacionados ao tema segurança são importantes, tanto os gerenciais quanto os da Cipa. Os cipistas exigem respeito aos trabalhos desenvolvidos, porque sem essa importante contribuição a política de SMS da companhia e a gestão da Replan não poderiam comemorar, como estão comemorando, os “bons valores” nos índices de acidentes.