Representantes das entidades que compõem o Fórum em defesa da Petros compartilharam informações sobre avanços da Comissão Quadripartite com aposentados em Mauá

Da Comunicação do Sindipetro Unificado
Na manhã desta terça-feira (18), aposentados, aposentadas e pensionistas do Sindipetro Unificado de São Paulo participaram, na sede da regional Mauá, de uma jornada de informações e debates com representantes das entidades que compõem o Fórum em Defesa da Petros.
Paulo César Martin, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Adaedson Costa, secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) compartilharam informações sobre os avanços e desafios para a solução definitiva dos equacionamentos dos Planos Petros, o PPSP-R e o PPSP-NR.
A luta pela frente
Um dos assuntos debatidos foram as características do novo plano que está sendo construído, que busca garantir direitos para uma aposentadoria digna e evitar futuros equacionamentos dentro dos marcos legais possíveis.
Nesse sentido, Carlos Cotia, diretor do Departamento de Aposentados (DAESP), afirmou: “existe um dogma nas redes e nos grupos de whatsapp de que a Petrobrás deve e ela tem que pagar e pronto. Efetivamente quem deve é realmente é a Petrobrás pelo que ela deixou de aportar no no plano no passado, mas não vai pagar nunca sem ser por acordo judicial, porque foi colocado na Constituição Federal que a contribuição pode ser no máximo paritária. A realidade é essa”.

PC reforçou a necessidade de mobilização para garantir avanços nos próximos passos, que entende como os mais difíceis: “ é essa a construção que a gente está fazendo, e vamos precisar muito de vocês para essa reta final. Vamos ter que fazer uma pressão enorme, para que o acionista majoritário pague o cheque que resolva o problema dos equacionamentos atuais e futuros”. PC Martin se refere ao que entende como um dos passos mais difíceis, após o encerramento da Comissão Quadripartite: o debate no Tribunal de Contas (TCU).
O dirigente afirma que o trabalho do Fórum é para buscar uma opção de dignidade: “o que a gente está buscando é ter uma opção, porque hoje não têmos uma opção. Pagar os equacionamentos vitalícios e enfrentar novos equacionamentos não é opção, esperar pela justiça também não. Por isso estamos trabalhando na criação de um plano que tenha todas as características e direitos do plano de origem”.
A luta pelo justo
Adaedson Costa, afirmou que a luta dos petroleiros e petroleiras é uma luta pelo que é justo: “Vocês acham que é justo vocês, que nós, que dedicamos a vida pela empresa e construímos dia a dia a maior empresa do país tenhamos a nossa aposentadoria sendo atacada em detrimento do pagamento de dividendos exorbitantes para os acionistas da empresa? A gente quer qualidade de vida e dignidade”.
O dirigente afirmou ainda que “pouco importa ser repactuado ou não ser repactuado, todo mundo está pagando a conta, todo mundo está “no mesmo barco”. O que importa é garantir a dignidade e o futuro de todo mundo”.

Costa destacou a necessidade de mobilização e reivindicou a participação dos presentes na greve de advertência de 24 horas aprovada pela FUP e a FNP para o próximo dia 26 de março, que tem o fim dos equacionamentos como uma das principais reivindicações. “As estradas que estamos pavimentando só vão ser inauguradas com presença massiva da classe trabalhadora”, afirmou.
Os dirigentes do Sindipetro Unificado destacaram a proximidade das eleições para o Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal da Petros, consideradas estratégicas pelas entidades e que requerem a participação massiva da categoria, principalmente do pessoal da ativa.
O Fórum das Entidades em Defesa da Petros acredita que é possível e necessário resolver os atuais equacionamentos e se livrar de possíveis equacionamentos futuros até o fim de 2025.