Mesmo após cobranças, a Comissão da Diversidade não se posiciona sobre os relatos de discriminação e assédio
Trabalhadores da Replan denunciaram casos de perseguição e discriminação (Foto: Vinicius Denadai/Sindipetro Unificado)
por Bronca do Peão
Na última reunião convocada pelo RH da Replan, trabalhadores denunciaram casos de perseguição e discriminação nos processos de avaliação de desempenho. A resposta do RH foi a de que não possui gerência sobre a avaliação dos demais setores, eximindo-se de qualquer responsabilidade sobre os abusos relatados. Essa postura gera preocupação, pois demonstra conivência com práticas de assédio e abuso de poder dentro da refinaria.
Outro ponto que chama atenção é o silêncio da Comissão de Diversidade. Mesmo após cobranças do sindicato, o grupo não se manifestou sobre a disparidade no tratamento dado às trabalhadoras, especialmente em relação à valorização profissional, aumentos por mérito e progressão na carreira. Essa falta de posicionamento reforça a percepção de que a equidade de gênero e a justiça nos critérios de avaliação ainda não são prioridades para a gestão.
Diante desse cenário, mesmo após cobranças feitas pelo sindicato no ano passado, exigindo uma maior transparência nos processos internos e um tratamento isonômico e humanizado para todos os trabalhadores e trabalhadoras, nada mudou. Em um momento no qual a empresa destaca a importância do cuidado com as pessoas, é fundamental que esse compromisso se reflita em ações concretas, garantindo que os critérios de avaliação sejam justos e que não haja espaço para discriminação e perseguição no ambiente de trabalho.
*O texto foi escrito por um petroleiro da base que preferiu não se identificar.