Petroleiros decidiram em assembleias realizar uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, dia 26 de março

As assembleias nas bases do Sindipetro Unificado finalizaram no último sábado (22) e demonstraram o amplo apoio dos trabalhadores e trabalhadoras à greve de 24 horas no Sistema Petrobrás, aprovada de forma conjunta pelas entidades da categoria petroleira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) para esta quarta-feira (26).
A medida é uma forma de advertência à gestão de Magda Chambriard à frente da companhia, que a categoria petroleira entende como autoritária. Em comunicado conjunto, as federações afirmam: “Como representantes das trabalhadoras e dos trabalhadores, que estamos sempre dispostos ao diálogo e à negociação, é incompreensível a forma autoritária e a volta à cultura do medo na Petrobrás que a gestão Magda vem tentando impor à categoria petroleira”. As entidades têm encontrado diversas dificuldades para dialogar com a gestão, que tem tomado diversas medidas unilaterais sem diálogo com os representantes dos trabalhadores e que atacam direitos historicamente conquistados.
A greve tem diversos pontos de reivindicação. Os petroleiros denunciam a redução de 31% nos valores da remuneração variável imposta pela gestão, enquanto a companhia repassou 207% do lucro do ano passado em forma de dividendos para os acionistas. Os trabalhadores também têm como um dos pontos centrais da mobilização o cancelamento do cronograma de mudanças no regime de Teletrabalho, colocado pela empresa de forma unilateral e intransigente. Os petroleiros exigem uma regra negociada coletivamente. Outro dos pontos centrais é a reivindicação de uma solução definitiva para os equacionamentos dos Planos de Previdência, que estão afetando a remuneração dos aposentados e pensionistas.
Nas bases do Unificado, as mobilizações ocorrerão na Refinaria de Paulínia (Replan), na Refinaria de Capuava (Recap), nos escritórios, nos terminais da Transpetro e na Termelétrica de Três Lagoas.