Trabalhadores da TBG rejeitam PLR e lutam por isonomia do Sistema Petrobrás

Na  plenária virtual nacional, petroleiros voltaram a mostrar desconformidade com a proposta de PLR da empresa e continuam em luta; Sindipetro Unificado convoca assembleias

Trabalhadores consideram proposta da empresa insuficiente (Foto: divulgação)

Por Marcelo Aguilar

Enquanto as assembleias das empresas do Sistema Petrobrás aprovaram as propostas de PLR realizadas pela Petrobrás, os trabalhadores e trabalhadoras da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A (TBG) rejeitaram a proposta.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa, entre os que se encontra o Sindipetro Unificado, solicitaram uma reunião com a nova presidenta da TBG e emitiram um comunicado conjunto. No documento, afirmam que “os trabalhadores acreditam que a proposta da TBG não garante efetivamente o que diz garantir como piso, já que diversas metas é sabido que não seriam atingidas, o que faz com que, mesmo na hipótese de todos os empregados atingirem plenamente suas metas individuais, não será paga a PLR cheia”.

Além disso, denunciam que a TBG não tem realizado com regularidade o processo de avanço de nível e promoção, acarretando uma defasagem salarial com relação à controladora, situação agravada no caso dos novos empregados, que estão entrando vários níveis abaixo dos pares que entram na controladora.

O comunicado afirma que a TBG “precisa se alinhar à Petrobrás e caminhar rumo à isonomia do Sistema como um todo”. No dia 14 de janeiro, os trabalhadores e trabalhadoras da TBG realizaram uma plenária virtual nacional, que contou com uma ampla participação, por momentos superior a cem pessoas, o que representa quase um terço do efetivo da empresa.

Horas antes da reunião, a TBG realizou uma nova proposta, que incluiu o adiantamento do pagamento, que seria realizado um mês antes, e o acréscimo de um abono de mil reais para todos os trabalhadores. A recepção na plenária não foi boa e se espera que os trabalhadores voltem a rejeitar a proposta, que consideram insuficiente. As justificativas para o rebaixamento da PLR, como o limite de 6,25% do lucro líquido para toda a remuneração variável (PLR+PRD) e custos de treinamento, não convenceram os trabalhadores, tendo em vista as negociações das outras subsidiárias.

Além do piso salarial, abaixo da Petrobrás e suas subsidiárias e a contratação em funções equivalentes porém com salário mais baixo, os empregados estão descontentes com a forma em que a avaliação do desempenho é realizada e a enxergam como pouco transparente e subjetiva, o que aproxima a PLR do PRD.

O Sindipetro Unificado convocou assembleias para a rejeição da nova proposta e continua reivindicando uma negociação com a gestão da empresa para avançar numa proposta justa para os trabalhadores e trabalhadoras, e para construir uma TBG forte e integrada ao Sistema Petrobrás.

Confira o calendário:

Presenciais

21/1 (terça-feira) às 8h – TBG Hortolandia-SP
R. Pérola, 200, Hortolândia – SP, 13186-546

21/1 (Terça-feira) às 18h – Sindipetro Unificado (Sede da regional Campinas)
Rua Cônego Manoel Garcia, 1010 – Jardim Chapadão, Campinas – SP, 13070-037

22/1 (quarta-feira) às 8h – TBG Paulínia-SP
SP-332, 80 – Bonfim, Paulínia – SP, 13140-000

24/1 (sexta-feira) às 8h (horário de MS) – TBG Três Lagoas-MS
Arapuá, Três Lagoas – MS

Virtual

23/1 (quinta-feira) às 19h – Exclusivo para as bases da TBG de Anastácio-MS, Campo Grande-MS, Corumbá-MS, Miranda-MS, Ribas Rio Pardo-MS, Capão Bonito-SP, Iacanga-SP, Mirandópolis-SP, Penápolis-SP e São Carlos-SP.

 

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