Sem diálogo com a população, governo do Estado tenta privatizar a Sabesp e reprime aos que lutam contra
“A população de São Paulo é contrária às privatizações dos serviços básicos. O voto não é uma carta branca para aprovar medidas contra o povo paulista”, afirma o diretor do Sindipetro Unificado, Rodrigo Araújo. Se refere ao acelerado e pouco transparente processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SA (Sabesp),que teve mais um episódio nesta quinta-feira (07/12), quando a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a privatização, uma das prioridades do governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas.
O fez sem a presença da oposição, que se retirou após a repressão da Polícia Militar a integrantes de movimentos sociais e partidos que protestavam contra a medida, com cassetetes e gás de pimenta. A aprovação contrasta com o resultado do Plebiscito popular contra as privatizações da Sabesp, do Metrô e da CPTM, organizado pelo Sindicato dos Metroviários, dos Ferroviários e do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema) e com as pesquisas de opinião. Uma pesquisa Datafolha divulgada em Abril deste ano, apontava que mais de 53% dos paulistas são contra a privatização da Sabesp.
“É um absurdo, que demonstra a truculência de um governo que despreza o diálogo e tenta passar uma privatização que não é aceita pela população paulista. Tarcísio cumpre à risca a cartilha bolsonarista, agindo com violência e arrogância e fazendo de tudo para entregar nosso patrimônio e nós continuaremos lutando contra”.
O Sindipetro Unificado expressa sua total solidariedade com os companheiros e companheiras que foram detidos e presos durante a votação, repudia veementemente a truculência e violência do governo do estado e reforça seu compromisso de luta contra a privatização dos serviços públicos de São Paulo.