Mesmo após reunião entre gerência e direção do Sindipetro-SP, companhia não deixou claro quais serão as penalidades e como vem sendo feita a fiscalização do cumprimento do contrato
Desde janeiro deste ano, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) tem recebido queixas dos trabalhadores da Refinaria de Paulínia (Replan) sobre impactos negativos que a mudança do contrato de alimentação provocou na unidade.
Um dia após a saída da antiga prestadora de serviços alimentícios na refinaria, os petroleiros denunciaram à direção do sindicato a falta de água potável para consumo, almoço incompleto e filas no refeitório demorando mais que o habitual. Além do desconforto causado à categoria, a empresa que era responsável pela alimentação na Replan demitiu 115 dos 118 trabalhadores de seu quadro de funcionários.
O Sindipetro-SP entrou em contato com a gestão da refinaria para resolução do ocorrido que havia sido provocado pela nova empresa terceirizada para alimentação, a Savy, e foi informado de que a companhia estava adotando todas as medidas para regularizar o serviço. O valor total do novo contrato é de quase R$ 30 milhões.
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Em declaração anônima, um trabalhador da unidade afirma que o contrato não vem sendo plenamente cumprido e que a Replan não está preocupada em ouvir seus funcionários. “Ao não cumprirem completamente com o contrato, além de não prestarem transparência, a empresa mostra que não se importa com a opinião dos trabalhadores que estão usufruindo de um serviço que custou caro”, relata.
Segundo ele, a nova empresa também falha na forma como serve determinados alimentos. ” Tivemos problemas com sucos muito doces e comidas sem tempero além de, dependendo de como a contratada prepara determinado tipo de complemento do prato, como peixe, não dá nem pra consumir”.
Atuação do sindicato
Após as constantes reclamações, uma nova reunião com a gerência da unidade foi agendada, no início deste mês, para relatar problemas relacionados à qualidade, variedade, quantidade e higienização envolvendo os alimentos – os prazos para regulamentação destes problemas não foram estipulados pela Replan.
Petroleiro e diretor do Sindipetro-SP, Jorge Nascimento afirma que o sindicato trabalha para que a Replan preste esclarecimentos acerca do contrato. “Precisamos saber se a fiscalização vem aplicando as penalidades previstas no contrato ou como a empresa está atuando para coibir esse tipo de prática de descumprimento”, informa.