Por Norian Segatto
Nesta quarta-feira, dia 15, os petroleiros se juntam aos professores e demais profissionais da educação no dia nacional de luta contra os ataques do governo às universidades e escolas públicas, contra a reforma da Previdência e em defesa da Petrobrás 100% pública.
Os cortes de verbas para a Educação, as perseguições a professores e estudantes, o fim das pesquisas científicas, a tentativa de acabar com cursos de humanas são parte de um projeto que vê no conhecimento das pessoas um perigo; a ignorância e falta de visão crítica só beneficiam o autoritarismo.
Os sindicatos de petroleiros da FUP farão atos em todo o país e, onde for possível, junto com os profissionais da Educação. “Em nossa base vamos organizar um grande ato na Recap, mas chamamos todos os petroleiros e petroleiras a se manifestarem nesse dia, quer seja nas redes sociais, na conversa com os amigos ou da forma que puder, o que está em disputa é a sobrevivência da Educação, da Petrobrás, de nossos empregos e direitos”, afirma o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.
Conversas com os trabalhadores
Como parte da preparação deste dia 15, diretores do Sindicato têm realizado reuniões setoriais com os trabalhadores/as para debater a importância da resistência e da mobilização e o que está em jogo nessa luta. “Se não resistirmos agora pode ser que não haja Petrobrás nem universidades públicas num futuro próximo”, destaca o coordenador da Regional Campinas, Gustavo Marsaioli.
Duas categorias unidas
A Petrobrás estatal sempre foi uma grande incentivadora da educação e da cultura; para ela se manter pública contou, em muitos momentos, com o apoio de importantes setores da sociedade, entre eles, professores e estudantes. Quando o pré-sal foi descoberto, em 2008, uma das primeiras reivindicações dos petroleiros foi que parte significativa dos recursos fosse destinada para Saúde e Educação. “Tínhamos a verdadeira dimensão do que significa uma educação de qualidade em um país tão desigual quanto o nosso”, ressalta José Maria Rangel, coordenador da FUP.
Em São Paulo, a concentração dos professores está marcada para se iniciar às 14h, no vão do Masp, na Avenida Paulista.
Greve geral
Os atos desta quarta-feira servem como “esquenta” para a greve geral marcada para o dia 14 de junho por todas as centrais sindicais. “Sem um grande movimento nacional de paralisação não vamos barrar o projeto de desmonte do Brasil, independentemente de quem você votou nas últimas eleições, defenda seu país desse desastre”, convoca Alexandre Castilho, diretor do Unificado.