A Petrobrás renovou a parceria técnico-científica com a Marinha do Brasil, garantindo a continuidade do programa de pesquisas e preservação da “Amazônia Azul”, grande área oceânica ao longo da costa nacional. O projeto de cooperação, que inclui ainda estudos na Antártida, foi assinado no dia 7 de agosto, no Rio de Janeiro, e apresentado ao Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (CSMS) do Conselho de Administração da Petrobrás, do qual faz parte o conselheiro representante dos trabalhadores, Danilo Silva.
A Petrobrás vai investir R$ 400 milhões no programa, além de contribuir com conhecimento técnico e participar de missões científicas. “Um projeto como esse mostra que a Petrobrás vai além da exploração petrolífera e é um argumento contra a privatização, pois um plano desse tamanho só pode ser assinado por uma estatal. Somente uma empresa pública para sustentar um patrimônio nacional”, declara o conselheiro.
A cooperação da Petrobrás com a Marinha já existe há três décadas e foi prorrogada agora por mais cinco anos. “A Amazônia Azul é uma área extremamente importante para o território nacional, o que faz da renovação desse contrato algo tão respeitável e fundamental para o aproveitamento sustentável dos nossos recursos marinhos”, destaca Danilo Silva.
Amazônia Azul
O Brasil possui uma faixa marítima de 3,6 milhões de km2, a Zona Econômica Exclusiva, batizada de “Amazônia Azul”. Essa área é de grande importância estratégica econômica para o país, principalmente, porque concentra reservas do pré-sal, elevada quantidade de óleo e gás natural e atividade pesqueira.
A “Amazônia Azul” possui também muitos recursos biológicos, minerais, de energia renovável e até de biotecnologia. Pelas rotas marítimas do país são escoados, segundo a Marinha, mais de 95% do comércio exterior brasileiro.
A denominação foi estabelecida em 1994, quando entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, a fim de proteger e preservar essa gigantesca faixa, que equivale à superfície da Floresta Amazônica. Existe um pedido da Marinha para ampliar a área da “Amazônia Azul” com a extensão da plataforma continental, o que aumentaria a área de mar brasileira para 4,5 milhões de km2.