Na Replan, projeto para construção de nova unidade de HDT para na justiça

Nova unidade de Hidrotratamento de diesel aumentaria a qualidade do produto produzido pela Petrobrás

Na licitação, companhia desclassificou proposta que custaria quase R$ 300 milhões a menos para a construção do novo HDT (Foto: André Motta/Agência Petrobrás)

Por Andreza de Oliveira

Na última semana de janeiro, circulou a notícia de que a licitação para a construção de uma nova unidade de Hidrotratamento (HDT) na Refinaria de Paulínia (Replan) teria ido parar na justiça porque a Petrobrás desclassificou uma proposta quase R$ 300 milhões mais barata.

O processo de licitação para construção da nova unidade foi aberto no segundo semestre de 2020 e o projeto visa ampliar a produção de Diesel S-10 e querosene de aviação com menores teores de enxofre. A expectativa é que a nova unidade, que será inaugurada até 2025, amplie a capacidade de produção da Replan para até 34 mil m³/dia.

A modernização da Replan, assim como de demais refinarias da Petrobrás localizadas no Sudeste brasileiro, faz parte do pacote de investimentos de R$ 2,5 bilhões anunciado pela companhia.

Leia também: Mudança no contrato de alimentação deixa petroleiros da Replan sem água potável

Após a abertura da licitação para empresas construtoras enviarem suas respectivas propostas de valores para construção da unidade na Replan, em 20 de dezembro a Petrobrás aceitou a proposta da estrangeira AES Union, cujo valor estimado para toda a construção do novo HDT foi de R$ 1,8 bi.

Entretanto, após os documentos serem entregues pela empresa à Petrobrás, a estatal afirmou que não seguiam o protocolo da companhia por não estarem traduzidos do inglês, seguindo assim a negociar com outra empresa participante da licitação, a Toyo Setal Empreendimentos, que cobrou pelo projeto e construção do novo HDT, R$ 2,09 bi – valor quase R$ 300 milhões maior do que o apresentado pela primeira construtora.

A mudança de construtora gerou burburinho no mercado e o caso foi parar na Justiça do Rio de Janeiro, que apresentará, em breve, novo parecer sobre prazos e diligencias que deveriam estar previstos no edital de contratação da Petrobrás, estimados como obrigatórios pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e que não foram concedidos à AES Union.

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