Postos de trabalho e dados sensíveis estão sendo entregues à iniciativa privada; Alta rotatividade e baixos salários comprometem segurança operacional
Por Bronca do Peão
Após a terceirização quase completa do laboratório e de diversas áreas da manutenção, a Refinaria de Paulínia (Replan) iniciou o mesmo processo em algumas áreas da operação: pátio de coque, ETA (Veolia) e ETDI. Todos esses casos já foram denunciados anteriormente por este sindicato.
Agora, essa prática se estende às áreas estratégicas da companhia, como a Engenharia de Acompanhamento e a Sala de Cálculo.
O fato é que, aos poucos (e “por debaixo dos panos”), nossas atividades e postos de trabalho estão sendo transferidos para a iniciativa privada, sem qualquer discussão com a categoria ou negociação com o sindicato.
Com a terceirização, os salários são baixos, a rotatividade de mão de obra é alta, e a constante ameaça de desligamento gera subnotificação de acidentes e incidentes. Isso compromete a segurança e a regularidade das operações. Além disso, quando se trata de funções que lidam com informações restritas sobre projetos e processos internos da companhia, os riscos para o negócio podem ser catastróficos.
No caso da Sala de Cálculo, além do tratamento de dados de produção e comercialização, há também a geração de informações utilizadas pela alta gestão para a tomada de decisões.
É um erro estratégico permitir que essas informações sejam livremente acessíveis a outras empresas, especialmente considerando o recente histórico de fechamento de unidades e privatizações.
Precisamos proteger a Petrobrás e acabar com a política entreguista e privatista oriunda do governo passado.