Trabalhadores denunciam práticas discriminatórias em programas corporativos da Petrobrás
* Por Bronca do Peão
No mês em que comemoramos o Dia da Consciência Negra, a empresa lançou o programa de mentoria Negritudes. Assim como ocorreu com a mentoria feminina, o RH insiste em não reconhecer as horas dedicadas ao programa como horas trabalhadas — nem para efeito de remuneração, nem para contagem de interstício. Um programa que, teoricamente, deveria promover inclusão e diversidade está sendo utilizado como prática discriminatória contra grupos minoritários.
O ingresso nesses programas é feito mediante inscrição e seleção pela própria DPI (Diretoria de Produção Industrial), mas, durante a realização, há gerências que sequer oferecem a estrutura mínima para os encontros e treinamentos. Quando os encontros ocorrem no horário de trabalho, não há rendição para o pessoal de turno que trabalha em número mínimo, e quando ocorrem na folga, não temos nem direito ao notebook da companhia.
O mesmo tratamento não é dado aos demais programas de progressão de carreira, destinados a outros grupos. Como pode um programa corporativo ser tratado como “voluntariado”?
Mais um absurdo dentro da Petrobrás.