De semi-nudes em reunião online à pescaria com o uniforme da Petrobrás, apresento a vocês o gerente mais tresloucado que já passou por Três Lagoas
Por Bronca do Peão*
Em seu primeiro dia na unidade ele já chegou mostrando a que veio… Otimizar a unidade? Não! Melhorar os processos de gestão? Também não! Ajudar no processo de venda da unidade? Nop! Ele veio para “bengar”! Isso mesmo, a existência desse flagelo ético consegue ser mediocremente exclusiva e de uma forma tão única que sua passagem pela usina virou verbo!
O resultado é uma expressão que passa a energia de uma sexta-feira com o desprezo à segunda, “eu bengarei” é sinal de que vou chegar tarde, enrolar no trabalho e ir embora mais cedo para evitar a fadiga (Zé, eu sei que você está lendo e sabe que se quiser comprovar tá bem fácil). Mas se eu disser que “eu bengarei”… meu amigo, estarei pronto para pescar em horário de trabalho e com a farda da Petrobrás, lá próximo à captação de água bruta sem nenhum pudor.
Agora, se eu disser que vou fazer uma “benguice”, certamente vou passar a “benga” na cara de todo mundo em uma reunião pelo teams, com a força de trabalho tanto masculina quanto feminina, porque aparentemente não faz sentido ser gerente e participar de uma reunião vestido, tem que rolar aquele semi-nudes seduzente com flashs de piroca mais demorados que anúncio da Jequiti. A pior parte é que aconteceu aqui na cidade morena aos olhos de todos e foi tratado como se fosse a coisa mais natural que existe.
A “filosofia bengólica” se apresentou com força aqui na usina e se expressa com um sinistro desprezo pelos trabalhadores e um interesse irrestrito em fazer qualquer coisa, menos gerenciar a usina. Exceto pelo laguinho, esse é um interesse real e genuíno. Tão intenso que conseguiu fazer o Benga se sacrificar na árdua batalha de assumir o controle populacional do laguinho. Para isso, em um ato de bravura, ergueu a bainha da calça e foi para beira do rio com o objetivo de pegar tucunaré para comer os filhotes fruto da superpopulação de tilápia, e o lazarento ainda pegou 2!!!
É tanta loucura que achei bobo falar que ele, o poderoso Bengão cortou o fornecimento de sachê de açúcar porque estavam sendo supostamente desperdiçado e, ao mesmo tempo, autorizou jogar fora uma válvula de controle NOVA E EMBALADA. Retirar o sachê de açúcar e adoçante e passar a fornecer meia garrafa de café adoçado e meia garrafa de café puro se assemelha mais a um tipo de sadismo contra os trabalhadores do que uma atitude de gestão.
Benga, o desprezo que esta unidade tem pela sua passagem é suplantado pela sua incompetência em gerir o que quer que seja, a você deixo o meu mais profundo ódio, nojo e desprezo. E não adianta fugir da unidade, pois a responsabilização virá. Já vi gerente ruim na Petrobrás, especialmente na Usina Termoelétrica Luís Carlos Prestes (UTE-LCP), mas jamais imaginei um combo tão alucinado igual a você.