Divulgado na quarta-feira (28), balanço da companhia mostra déficit de R$ 1,55 bilhão, apesar dos resultados operacionais positivos
A Petrobrás divulgou, na noite de quarta-feira (28), o balanço operacional e financeiro do terceiro trimestre de 2020. Pela terceira vez consecutiva, a empresa apresentou prejuízo, desta vez de R$ 1,55 bilhão. No acumulado do ano, as perdas chegam a R$ 52,8 bilhões.
Entretanto, a estatal registrou lucro de R$ 3,17 bilhões. O déficit, portanto, foi provocado por despesas não recorrentes, como a adesão a programas de anistia tributária e o pagamento de prêmios para a recompra de títulos de dívida.
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No quesito operacional, as receitas de vendas ficaram em R$ 70,73 no período, valor 39% maior que o conquistado no trimestre anterior e 8,2% menor que o valor obtido no terceiro trimestre de 2019. Já o lucro operacional foi de R$ 33,44, o que representa crescimentos de 34% ao trimestre anterior e 2,6% ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o Ineep, esses bons rendimentos se explicam pelo aumento da produção de óleo cru e, principalmente, pelo setor de refino da companhia. “A empresa conseguiu, ao mesmo tempo, elevar sua produção de petróleo e de derivados aproveitando-se principalmente da recuperação do consumo interno e da demanda asiática tanto para derivados, como para petróleo cru”, afirma o instituto em artigo.
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Houve crescimento nas vendas para o mercado interno, que passou de 1,74 milhão de barris por dia no segundo trimestre para 2,04 milhões de barris por dia no terceiro trimestre. Além disso, houve acréscimo de 40% nas receitas com exportações de óleo cru e derivados pela petroleira.
O setor de exploração e produção alcançou lucro bruto de R$ 21,90 bilhões, o que representa crescimentos de 128% e 23% em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, respectivamente.
Já o setor de refino apresentou lucro bruto de R$ 8,65 bilhões, o que representa aumento de 93% e 77% em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, respectivamente, chegando a um fator de utilização de 83% das suas refinarias.