Atrasos ocorrem nas usinas termelétricas Nova Piratininga e Luis Carlos Prestes, em São Paulo (SP) e Três Lagoas (MS), respectivamente
Por Guilherme Weimann
Petroleiros das usinas termelétricas Nova Piratininga e Luís Carlos Prestes, localizadas nos municípios de São Paulo (SP) e Três Lagoas (MS), respectivamente, não estão recebendo o Vale Refeição (VR). O benefício deveria ter sido pago a todos trabalhadores no dia 25 de maio.
Desde o primeiro dia de atraso, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado – SP) vem cobrando resoluções dos responsáveis de cada uma das unidades.
Diante da falta de respostas, o Sindipetro Unificado enviou um ofício, nessa última quarta-feira (3), à gerente de Relações Humanas e Relações Sindicais da Petrobrás, Marta Regina Dal Cere Garcia. O documento cobra esclarecimentos sobre o não pagamento do VR.
De acordo com o diretor do Sindipetro Unificado, Felipe Grubba, esta é mais uma atitude dentro de um conjunto de decisões unilaterais da estatal. “Desde o início da pandemia, a empresa tem implementado medidas que penalizam os trabalhadores. Esse é mais um episódio desse modus operandi, que, por má gestão ou negligência, está prejudicando os petroleiros”, opina.
Além do atraso no VR, os petroleiros também tiveram perdas salariais durante a pandemia. Para o pessoal do administrativo, a redução foi de 25%. Para os trabalhadores de “turno”, ou seja, que estão inseridos na parte operacional, houve diminuição de cerca de 15%. Para os funcionários de “turno” que foram transferidos para o regime administrativo, a contração chegou a quase 50%.
Por isso, o dirigente sindical acredita que esse atraso no VR se torna ainda mais grave. “O Vale Refeição é o mínimo, é um direito básico, ainda mais nesse momento no qual os trabalhadores estão se expondo ao risco de contágio para garantir o funcionamento das térmica”, aponta.
Grubba ainda expõe a falta de diálogo da empresa com os trabalhadores. Desde o início da pandemia, por exemplo, o Sindipetro vem cobrando informações relativas ao número de contagiados e, mais recentemente, solicitou a quantidade de testes realizados nas termelétricas.
“Recentemente, também mandamos um ofício perguntando sobre o número de trabalhadores testados, e a Petrobrás, como virou praxe nessa atual gestão, respondeu não respondendo. Ela disse que passa as informações nacionalmente, mas se negou a informar o número de testes realizados na térmica”, denuncia Grubba.