Só neste ano, acionistas já receberam R$ 2,6 bi

A Petrobrás tem total condição de fechar um acordo coletivo decente e pagar um salário justo. Para se ter uma ideia, só em dividendos, que foram distribuídos aos acionistas até o segundo trimestre deste ano, a empresa somou R$ 2,6 bilhões. O gasto com pessoal (apenas as remunerações, sem PLR) foi de R$ 16,6 bilhões.
Se considerarmos um reajuste de 2,28% (70% do INPC esperado para a data base), a companhia gastaria R$ 380 milhões em 2019, o que representa 15% do que foi pago aos seus acionistas até a metade deste ano.
Se optasse por pagar o INPC cheio, ou seja, se concedesse reajuste pela inflação acumulada no ano, que é esperada em 3,26%, a empresa desembolsaria R$ 526 milhões. Isso representa somente 20% do que pagou poetrobrasde dividendos aos seus acionistas, até a metade do ano.
Aliás, nos últimos dois anos, o salário médio dos trabalhadores da Petrobrás, em comparação com a remuneração paga por outras grandes petroleiras, como a BP, Equinor, Shell e Total, desvalorizou 12%, enquanto na Shell a queda foi de 2%. No caso das outras companhias, os salários tiveram crescimento entre 2% e 7%.
Pra você entender melhor o que a Petrobrás está lhe oferecendo, fizemos um comparativo entre o acordo coletivo atual e a terceira contraproposta da empresa, com os devidos comentários da FUP e Dieese. Confira, acessando o link: http://bit.ly/30qCFeX

Posts relacionados

CD da FUP reafirma luta pela isonomia e indica rejeição da contraproposta de PLR

Maguila Espinosa

Após pressão da categoria, Petrobrás inicia GT de SMS nas prestadoras de serviço

Vitor Peruch

Não há nada a celebrar enquanto morrem trabalhadores

Vitor Peruch