Sindipetro-SP cobra da Petrobrás normalização dos salários

Por meio de notificação extrajudicial, sindicato solicita pagamento imediato aos trabalhadores que participaram do movimento grevista

Sindipetro-SP e Petrobrás iniciam negociação nesta terça-feira (13)

Por Guilherme Weimann

Nesta terça-feira (13), o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) enviou uma notificação extrajudicial à Gerência Executiva de Recursos Humanos da Petrobrás cobrando a normalização imediata de todos os salários.

O documento classifica como antissindical a decisão da empresa de não pagar os petroleiros que participaram de alguma atividade do atual movimento grevista. Normalmente, os salários são divididos em dois adiantamentos depositados mensalmente nos dias 10 e 25.

A notificação denuncia ainda que a atitude da companhia fere o direito de greve, garantido pela Constituição Federal. “Negar aos trabalhadores o direito ao salário quando estiverem exercendo o direito de greve equivale, na prática, a negar-lhes o direito de exercer o direito de greve”, aponta o texto assinado pelo coordenador do Sindipetro-SP, Juliano Deptula.

Leia também: Petrobrás cede ao movimento grevista e abre negociação com o Sindipetro-SP

A partir dessas evidências apresentadas, o sindicato solicita que a empresa assegure um tratamento isonômico a todos os trabalhadores, grevistas ou não grevistas. “Apresenta-se clara a má-fé e a atitude deliberada de gerar constrangimentos e prejuízos aos trabalhadores envolvidos, gerando uma situação equivalente a coação, acredita a entidade sindical que tal situação não pode ser mantida”.

Diante desse cenário, o documento reivindica o pagamento imediato do adiantamento salarial que deveria ter sido feito no dia 10 de abril e, além disso, solicita a garantia da Petrobrás de que será realizado o pagamento previsto para o próximo dia 25.

Negociação

Também nesta terça-feira, às 16 horas, Sindipetro-SP e Petrobrás se reunirão pela primeira vez para iniciar a negociação das pautas da greve, que incluem o cumprimento sobre o efetivo mínimo, que tem sido sistematicamente desrespeitado.

Além disso, a categoria denuncia erros no pagamento das homologações, sugere a extinção do Saldo AF – que é uma espécie de cálculo para registro de frequência, cobra critérios objetivos e transparentes para mudança de “ênfase” e transferências, reivindica o fim das terceirizações em tarefas inerentes aos cargos de trabalhadores próprios e solicita um plano emergencial para conter a escalada de acidentes. 

Confira a notificação extrajudicial na íntegra:

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