Há tempos, a direção do Unificado solicita que a gerência da Replan apresente os dados de efetivo, conforme determina a NR-20. Na reunião de SMS, realizada dia 15, os dirigentes sindicais voltaram a reforçar o pedido. “Nossa intenção é que a empresa oficialize e garanta, no mínimo, os efetivos atuais”, afirmou o diretor Bob Ragusa.
Diante da demora em atender essa demanda, os representantes da refinaria justificaram que quando a NR-20 foi publicada, a Petrobrás considerava suficientes as informações que dispunha sobre efetivo e operação segura de suas instalações – fato contestado pelo Ministério Público em ação do Sindipetro-RS. Desde então, a empresa vem elaborando estudos complementares ao Plafort (Planejamento da Força de Trabalho) para estabelecer premissas de definição de efetivo, homem-hora por atividade, entre outras.
Um desses estudos inclui a “medição dos tempos e movimentos”, realizada no ano passado em várias instalações da companhia. Foram apresentados as etapas e os métodos de validação dos dados coletados, sem muitos detalhes. Os números finais também não estão disponíveis, bem como não há previsão de reposição dos trabalhadores que aderirem ao PIDV ou saírem através do Mobiliza.
Sistema de consequências
Outro assunto foi o sistema de consequências, que vem gerando polêmica e receio entre os trabalhadores. Os representantes da empresa explicaram se tratar de um sistema que classifica as ocorrências por grau de gravidade. O método utiliza um roteiro de perguntas e respostas para atribuir responsabilidade pela ocorrência, também com graduações.
O trabalho de tratamento das ocorrências e atribuição de responsabilidades é feito por uma comissão intergerencial. “Consideramos que um sistema punitivo não é a melhor forma de introduzir e reforçar valores de segurança e redução de riscos, e que essa comissão deveria prever a participação de um representante do Sindicato para evitar distorções”, destacou Bob.
Liberação de PT’s
A empresa também foi questionada sobre a informação que chegou ao Sindicato, de que os trabalhadores da operação passariam a ter a obrigatoriedade de liberar PT’s na área até às 8h30. Os representantes da Replan esclareceram que não existe essa obrigação e ressaltaram apenas que as PT’s passariam por uma priorização, ainda no dia anterior de sua liberação e execução. Afirmaram que as prioridades deveriam ser atendidas primeiro, com a orientação de serem liberadas o mais cedo possível. Os gerentes garantiram que o procedimento formal e escrito, para esse novo modo operacional, está em fase de elaboração.
Ocorrências
Como sempre ocorre nas reuniões bimestrais, a empresa apresentou o relatório de ocorrências do período. Por ser a primeira reunião do ano, também foi apresentado o relatório consolidado com todas as ocorrências de 2016, que divulgaremos em breve.