Audiência pública realizada dia 10 na Câmara dos Deputados, provou que o Pré-Sal sempre foi viável e que a Petrobrás nunca esteve quebrada, como argumentam os que defendem a privatização e a desnacionalização do petróleo brasileiro. A audiência, proposta pelo deputado federal José Neto (PT/BA), na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, debateu as perspectivas e o futuro do Pré-Sal
Representando os petroleiros, o coordenador da FUP, José Maria Rangel relembrou a árdua luta da categoria para impedir o desmonte da lei que garante o regime de partilha para o pré-sal. Afirmou que o mesmo senador José Serra (PSDB/SP), que tempos atrás propôs tirar a Petrobrás da operação do pré-sal, construiu um novo projeto de lei para tentar acabar com o que restou do regime de partilha.
Zé Maria também ressaltou que o atual modelo de gestão da Petrobrás não tem interesse em desenvolver a indústria petrolífera brasileira. “Essa destruição da Petrobrás já levou mais de um milhão e meio de trabalhadores ao desemprego. Destruíram as grandes construtoras e desestruturaram o setor de óleo e gás. Esse modelo entreguista nunca descobriu nada, as grandes descobertas da Petrobrás foram a Bacia de Campos e o pré-sal, mas isso ocorreu em governos que tinham interesse no desenvolvimento do Estado brasileiro”, destacou.
Além de Zé Maria participaram da audiência Guilherme Estrela, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás; Paulo César Lima, consultor da área de petróleo e gás; Cláudio Costa, economista; Antônio Guimarães, secretário executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP); Roberto Ardenghy, diretor de Relações Institucionais da Petrobrás; Marcelo Carneiro, superintendente de Desenvolvimento e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Renata Isfer, secretária adjunta de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.
Fonte: FUP