Ato político ocorre no dia 18 de março em Três Lagoas e denuncia a manutenção da punição do petroleiro Wellington

Os trabalhadores da Unidade Termelétrica Luís Carlos Prestes (UTE-LCP), em Três Lagoas (MS), organizam no próximo dia 18 de março, entre as 11:30 e as 13 horas, um ato político que rememora o churrasco realizado durante a greve de 2020 e denuncia a punição por motivos políticos do companheiro Wellington. À época, os petroleiros lutavam contra o fechamento da FAFEN-PR, que deflagrou uma das maiores greves da história da categoria petroleira, marco fundamental no enfrentamento do plano de privatização e desmonte da Petrobrás promovido pelo governo Bolsonaro. A Petrobrás, entretanto, não poupou esforços para oprimir tanto os trabalhadores que participaram dos atos, quanto os familiares que apoiavam a luta petroleira.
De lá pra cá, muitas coisas mudaram. Outras nem tanto, dentre elas a punição ao petroleiro, que continua vigente apesar da mudança de governo e de gestão. “Após ter punido um trabalhador injustamente, a gestão da Petrobrás ainda se recusa a reconhecer seu erro, o que não me surpreende, pois a mesma pessoa que puniu segue em cargo de liderança”, afirma o diretor do Sindipetro Unificado, Albérico Queiroz. O dirigente denuncia a manutenção de cargos de liderança da gestão passada e inclusive o aumento do poder de “pessoas que ajudaram a promover a maior crise de saúde mental da história da Petrobrás”.
Essa é a pauta fundamental do ato, afirma Queiroz: “Demonstrar que a gente segue unido e insatisfeito com a manutenção dessa punição injusta há quase cinco anos”. Outros pontos que serão abordados no ato são o benefício educacional e a luta por um auxílio transferência compatível com a região, pois os trabalhadores afirmam que este é um detalhe que está afetando a chegada de trabalhadores à região para as obras de conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas (UFN-3).