Petrobrás cede ao movimento grevista e abre negociação com o Sindipetro-SP

Na próxima terça-feira (13), um dos principais pontos de pauta será a normalização dos pagamentos de todos os trabalhadores

Assembleias serão realizadas em todas as bases a partir de quarta-feira (Foto: Sindipetro-SP)

Por Guilherme Weimann

Após reunião da diretoria, que aconteceu na tarde da última sexta-feira (9), o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) decidiu aceitar o convite da Petrobrás para iniciar a mesa de negociação na próxima terça-feira (13), às 16 horas, por meio de plataforma virtual.

Um dos principais pontos da pauta será a regularização dos salários dos petroleiros de todas as bases. Isso porque a estatal, como retaliação aos grevistas, cortou os adiantamentos que ocorreriam no dia 10 de abril e tem ameaçado realizar os pagamentos somente no quinto dia útil de maio. 

Mesmo com a abertura de diálogo, o setor jurídico do Sindipetro-SP está estudando medidas legais para denunciar as práticas antissindicais da petroleira, incluindo a diferenciação na folha de pagamento entre trabalhadores que participaram ou não do movimento grevista.

Leia também: Petrobrás assedia trabalhadores e terceiriza setores estratégicos para barrar greves

“Nós estamos realizando um movimento muito importante e que tem surtido efeito, prova disso é a mudança de postura da empresa, que no início se mostrava irredutível em abrir negociação. Vamos ouvir as propostas, mas manter o estado permanente de alerta em todas as bases para garantir nossas conquistas”, afirma o diretor do Sindipetro-SP, Arthur Bob Ragusa. 

A partir de quarta-feira (14), após a reunião com a empresa, a categoria decidirá os próximos passos de mobilização por meio de assembleias. O calendário será definido e divulgado nos próximos dias.

Pautas

A pauta do movimento grevista inclui o cumprimento do efetivo mínimo, que tem sido sistematicamente desrespeitado. Além disso, denuncia erros no pagamento das homologações, questiona a extinção do Saldo AF – que é uma espécie de cálculo para registro de frequência, cobra critérios objetivos e transparentes para mudança de “ênfase” e transferências, reivindica o fim das terceirizações em tarefas inerentes aos cargos de trabalhadores próprios e solicita um plano emergencial para conter a escalada de acidentes. 

Confira abaixo o ofício enviado pela Petrobrás e a resposta do Sindipetro-SP:

Posts relacionados

Petrobrás abre inscrições para cursos gratuitos de qualificação profissional

Vitor Peruch

Petroleiras da FUP se reunem com diretora Clarice para tratar sobre retorno do Edisp

Maguila Espinosa

CD da FUP reafirma luta pela isonomia e indica rejeição da contraproposta de PLR

Maguila Espinosa