Sindicato reafirma seu apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vítima de perseguição política com CPI
O Sindipetro Unificado vem a público expressar seu firme apoio ao MST, movimento importantíssimo para a luta popular no Brasil. Não é a primeira vez nem será a última que o movimento sofre perseguição política, mas foi sempre a luta e a solidariedade de classe que manteve firme a luta pela reforma agrária e pela transformação do país que o MST impulsiona.
O mais recente capítulo dessa perseguição é a instalação, na Câmara dos Deputados, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para supostamente apurar a atuação do movimento. Sem objeto definido, e tomada por bolsonaristas, a comissão tem como objetivo desgastar o MST perante a opinião pública e criminalizar sua luta, desgastar o governo Lula e dar palanque ao bolsonarismo.
O MST afirmou em nota: “Querer criminalizar nossa luta por meio de uma CPI é estratégia para omitir as reais mazelas do campo brasileiro: crescente desmatamento, grilagem de terra, queimadas, violência no campo, uso de mão de obra análoga à escravidão, destruição e contaminação dos bens naturais pelo uso de agrotóxicos”.
O Sindipetro Unificado e o MST, além de aliados na luta em defesa do povo brasileiro, possuem parceria de longa data. Desde 2017, por exemplo, petroleiros e petroleiras se organizam para contribuir com a venda e distribuição de alimentos orgânicos cultivados em assentamentos do Movimento na região de Campinas (SP). A história dessa parceria é contada num mini-doc produzido pelo Sindipetro Unificado. Além disso, os sem-terras já chegaram a alimentar, por meio da doação de alimentos, petroleiros demitidos em decorrência de greve.
O MST faz reforma agrária e constrói poder popular. Querer criminalizá-lo é querer criminalizar todos os movimentos sociais do Brasil. Não iremos permitir. Os petroleiros e as petroleiras estão com o MST e não vão arredar o pé na defesa do povo brasileiro.