Treinamento de primeiro socorros para os integrantes da brigada de incêndio da Refinaria de Paulínia (Replan) foi realizado de forma remota, com integrantes ocupando postos na operação da unidade
Nos dias 28 e 29 de janeiro deste ano, a Refinaria de Paulínia (Replan) – a maior da Petrobrás e do país – realizou dois módulos do curso de primeiro socorros para os brigadistas de incêndio de remota (online), com mais da metade dos participantes ocupando concomitantemente postos na operação da unidade.
Essa informação consta em relatório dos representantes dos trabalhadores na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que já haviam denunciado a prática em duas reuniões da entidade. Em uma delas, inclusive, o presidente da CIPA, Bruno Vergani de Luca, indicado pela gestão, apontou a importância desses treinamentos serem realizados com dedicação exclusiva dos participantes.
“Bruno reforçou que o entendimento e posicionamento oficial da empresa, inclusive já levado à comissão de SMS pelo Gerente Geral, é de que os treinamentos precisam ser feitos em horário de trabalho, em ambiente adequado e sem fatores externos que influam na realização do treinamento (dedicação exclusiva do empregado ao treinamento)”, aponta trecho da ata da segunda reunião extraordinária da CIPA, realizada no dia 4 de janeiro.
Apesar disso, 19 dos 32 participantes do último treinamento de primeiro socorros estavam ocupando postos de trabalho. A maioria deles, inclusive, são operadores que lidam com tarefas complexas, em um ambiente insalubre e com alto risco de acidentes.
Além disso, este curso é parte da preparação para que esses trabalhadores possam exercer a função de brigadistas, responsáveis pelo atendimento de qualquer ocorrência com fogo, pelo resgate de pessoas presas ou machucadas em equipamentos e pelos primeiros socorros de vítimas de acidentes na unidade, como aponta matéria no site da Petrobrás.
Na última quarta-feira (15), os representantes dos trabalhadores na CIPA, além de integrantes do Sindicato Unificado dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), cobraram uma resposta imediata da gestão da unidade em reunião da entidade responsável pela prevenção de acidentes.