Neste sábado (7), moradores do bairro campineiro Costa e Silva puderam comprar o botijão por R$ 40,00
Por Guilherme Weimann
Pela quarta vez no intervalo de um mês, petroleiros organizaram a venda de gás a preço justo no interior de São Paulo. A atividade deste sábado (7) foi realizada nas esquinas das ruas Camaiuras com Aimorés, no bairro Costa e Silva, em Campinas (SP).
Desta vez, foram vendidos 100 botijões de gás pelo valor de R$ 40,00, de acordo com a ordem de chegada de cada família. A diferença de R$ 30,00, do valor total de R$ 70,00 cobrados pela distribuidora, foi subsidiada por petroleiros aposentados e da ativa, a partir da Associação Beneficente Cultural dos Petroleiros (ABCP) e do Sindicato Unificado dos petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP).
A dona de casa Renata Martins foi uma das que compareceu logo cedo, com seu botijão vazio, na fila de pessoas que se formou no bairro campineiro. “São dois gás por mês, porque lá em casa somos em muita gente. Então, são R$ 160,00 por mês gastos somente em gás. A gente tira de um lado pra cobrir em outro, mas tem sempre alguma coisa ficando descoberta”, lamenta.
O objetivo dessas atividades, além de ajudar financeiramente a população dos bairros contemplados, é explicar os motivos que levaram aos aumentos consecutivos dos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) nos últimos anos.
Para o petroleiro aposentado da Refinaria de Paulínia (Replan), Silvio Marques, a principal explicação para os reajuste é política. “Nós viemos denunciar a política de preços que é praticada hoje pela Petrobrás, que cobra em dólar o preço do gás de cozinha que é produzido aqui”, explica.
Somadas as quatro atividades já realizadas pela ABCP e Sindipetro Unificado-SP, foram vendidos 520 botijões a preço justo no último mês na região de Campinas.
Confira a cobertura audiovisual completa abaixo: