Bronca do Peão: Por unanimidade, pauta local é aprovada pela categoria no MS

A categoria petroleira aprovou as pautas locais por unanimidade e exige uma mesa de negociação para resolver problemas como benefícios defasados e injustiças cometidas pela gestão do governo Bolsonaro

UTE TRES LAGOAS
Usina Termelétrica de Três Lagoas (MS), um dos centros estratégicos da Petrobrás que, segundo trabalhador, continua sob gestão atual sem soluções para as demandas da categoria petroleira.

Por Bronca do Peão

Na luta por melhores condições, petroleiras e petroleiros aprovaram por unanimidade as pautas locais do MS. A unidade da categoria é uma marca histórica da UTE Luís Carlos Prestes, que, em 2020, realizou uma greve sem precedentes, com adesão de 100% da operação. A força dessa unidade foi reconhecida pela própria gestão, que puniu politicamente quatro companheiros.

Assistimos de perto ao desprezo da gestão bolsonarista pelo patrimônio da Petrobrás. Toneladas de equipamentos foram doadas como sucata, e equipamentos embalados foram descartados sob a desculpa de reduzir o estoque. A pressa foi tamanha que “esqueceram” de realizar uma licitação. Pois é, companheiros, infelizmente, os mesmos que tomaram essas decisões continuam no poder e gerindo as termelétricas da Petrobrás.

Acreditamos no poder do diálogo e da mesa de negociação, mas entendemos que deve haver um interesse genuíno de quem se senta do outro lado da mesa em resolver os problemas, e não apenas em oferecer respostas vazias, como tem sido até agora. Estaremos nos posicionando e exigindo o estabelecimento de uma mesa de negociação para tratar dos temas aprovados pela categoria.

Prepararemos as mobilizações para que tenham a força e a intensidade necessárias para conquistarmos a mesa de negociação, pois nos manteremos unidos até que nossa pauta seja ouvida. Nosso benefício educacional está completamente defasado em relação ao praticado no restante do país e, especialmente, em comparação ao estado de São Paulo, que faz fronteira com a cidade de Três Lagoas. O adicional de transferência não é suficiente sequer para cobrir um aluguel na cidade e, o mais importante, o companheiro Wellington segue punido injustamente por aqueles que ainda ocupam espaços de poder no setor.

Estamos prontos para iniciar as mobilizações em data a ser definida, mas aguardamos ansiosos por uma mesa de negociação que não apenas acolha as queixas, mas que atue efetivamente na solução dos problemas. O limite das promessas já foi ultrapassado; agora, precisamos encontrar as soluções.

* O texto foi enviado por petroleiro da base que preferiu não se identificar.

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