A Replan voltou atrás na decisão de punir trabalhadores que apresentem pelos faciais. A empresa se comprometeu a primeiro orientar sobre as normas e só depois colocar em prática medidas mais rigorosas.
Após ameaças feitas por redes sociais na noite do dia 12, de que os trabalhadores não barbeados seriam dispensados e receberiam falta, houve grande indignação. Os diretores do Sindicato foram à refinaria no dia seguinte para garantir que ninguém fosse punido e esclarecer que o critério objetivo para a eficácia da proteção respiratória é a vedação da máscara.
A pressão surtiu efeito, resultando em reunião com as gerências no dia 14. O sindicato argumentou que as normas citam a “área de contato da máscara com a pele” e que esta região deve estar limpa e sem pelos, sendo possível o uso de vários tipos de corte, desde que cumpram esse requisito. Além disso, não é razoável provocar uma dobra de turno para atender a uma medida que visa segurança operacional.
A empresa aceitou a proposta de suspender qualquer punição até o dia 25 e foi negociado que o SMS fará ciclos de esclarecimentos sobre o PPR (Programa de Proteção Respiratória), as normas da Fundacentro e os procedimentos adotados para o administrativo, terceirizados e visitantes.
Os trabalhadores devem aproveitar a oportunidade para discutir sobre as possibilidades de corte de barba, que sejam compatíveis com a proteção respiratória.