UTE-LCP: Sindicato discute horas extras em videoconferência

Diretores do Sindicato realizaram na tarde da quinta-feira, 12, uma videoconferência com gerentes da UTE-LCP e representantes da Petrobrás para discutir questões relacionadas a horas extras dos trabalhadores da unidade de Três Lagoas (MS). A empresa suspende, neste ano, a troca/dobra e, em protesto, os trabalhadores decidiram não mais fazer a meia dobra.

Diante do impasse, a empresa solicitou uma reunião com o Sindicato para tratar desse assunto e alegou que a troca/dobra foi suspensa em função de uma ação do Ministério Público na UTE Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica (RJ), que apontou o turno de 16 horas como jornada excessiva.

O Sindicato argumentou que o trabalhador não é obrigado a entrar mais cedo no serviço (meia dobra) e uma vez que se recuse a fazer isso, a jornada de 16 horas será inevitável. “Na maioria dos casos, a necessidade de horas extras ocorre por causa do efetivo reduzido”, afirmou o diretor do Unificado Jorge Nascimento.

Para tentar solucionar o problema, o Sindicato sugeriu a negociação de um número máximo de troca/dobra no mês e que esse acordo seja homologado junto ao MP, atendendo à solicitação dos trabalhadores e sem expor a empresa a um risco judicial.
“Entendemos que tanto a troca/dobra quanto a meia dobra e o deslocamento de turno são ferramentas de gestão de pessoal, que devem estar à disposição da empresa e também do interesse do trabalhador”, destacou o dirigente.

Segundo o Sindicato, a Petrobrás se comprometeu a apresentar uma avaliação sobre o assunto pelo departamento jurídico, na próxima reunião, que está pré-agendada para quinta-feira, dia 18 abril.

Outra questão debatida na videoconferência foi o deslocamento de grupo. A empresa informou que vai adotar medidas para reduzir a quantidade de deslocamentos e evitar convocar o trabalhador durante o período de folga. Na reunião, também foi tratado sobre o Gerenciamento de Desempenho (GD), com a promessa da Petrobrás de estudar a possibilidade de uma nova sistemática.
Outro tema em pauta foi a marcação de férias pelo supervisor e não pelo gerente. Foi sugerida uma planilha pública, que contemple a marcação de férias por dois anos, mas sujeita à aprovação gerencial.

O transporte de turno também foi discutido e a empresa disse que fará uma avaliação direta com os trabalhadores. Sobre o padrão de alimentação da termelétrica, outra questão abordada, os representantes da estatal garantiram que será estudada uma padronização dos equipamentos da copa.

Posts relacionados

Os indicadores “melancia” da Petrobrás em Três Lagoas (MS)

Guilherme Weimann

Vitória: Petroleiros de Três Lagoas (MS) vencem ações contra Petrobrás

Andreza de Oliveira

Após pressão do Unificado, Petrobrás adia manutenção em Três Lagoas (MS)

Luiz Carvalho