Gerente da Stahl, empresa terceirizada de usina da Petrobrás em Três Lagoas, exercia o papel de capataz, com histórico de assédio contra trabalhadores

Por Bronca do Peão*
A Stahl, empresa que assumiu o contrato de manutenção da Usina Termoelétrica Luiz Carlos Prestes (UTE-LCP), tem um quadro de liderança curioso, para dizer o mínimo. Lá temos a figura real que exercia o papel de capataz, isso mesmo, o PiKão.
E seu histórico vem de 2015, quando em uma das maiores greves da Petrobrás ele avançou acelerando o carro para entrar na usina, derrubando cones e colocando a vida dos grevistas em risco. Eu não esqueci, e jamais esquecerei dos que agiram de maneira perversa contra os trabalhadores.
Pois é Pikão, é hora de relembrar seu histórico e tirar algumas dúvidas como por exemplo: é verdade que você bancou a contratação de uma pessoa para ser supervisor, mesmo sabendo que não tinha nem perfil e nem formação na área só porque um outro supervisor da Petrobrás pressionou? E pergunto ao supervisor da Petrobrás: é verdade que você pressionou para que o seu coleguinha de igreja assumisse o cargo de supervisor? São muitas dúvidas que precisam de respostas, até porque tráfico de influência é crime, e Deus me livre de ter alguém que faz isso na gestão da Petrobrás, né?!
Voltando para o nosso imponente Pikão, temos que lembrar também da coação e assédio contra os subordinados. Além de aterrorizar os trabalhadores em dias de auditoria da Petrobrás ele fazia questão de participar das assembleias para coagir a fala dos trabalhadores. Eu poderia tratar isso como suposição, mas já vi isso acontecer quando em uma paralização ele (que ficou no piquete para sondar) se levantou e disse: eu estou descendo, quem não vier já sabe, né? Por sinal, temos que valorizar o poder do “já sabe, né?”, pois na greve de 2020 teve um supervisor da operação que se justificou dizendo que não poderia fazer greve, porque a gerência disse pra ele que quem sair “já sabe, né?”.
Seria pedir muito que um cargo de gestão agisse com o mínimo de humanidade? Pelo visto na gestão bolsonarista, sim. Das diversas formas de demonstrar seu desprezo aos trabalhadores, uma delas foi o fato do Pikão colocar o trabalhador para começar as férias em uma quarta-feira, isso mesmo, uma quarta-feira, roubando do trabalhador o direito de se sentir vitorioso quando olha uma segunda feira e não precisa ir trabalhar. Que marcar as férias é uma prerrogativa do empregador nós sabemos, mas precisa temperar com escrotidão?
O recado vai parar por aqui, mas se o comportamento não mudar e os trabalhadores da Stahl não passarem a receber tratamento respeitoso, digno e ter seu direto a participar das reuniões do sindicato de maneira livre, nós voltaremos a denunciar, dentro e fora da Petrobrás.
Diferentemente dos nossos algozes, não tem nenhum “já sabe, né?”, mijou fora do penico é denúncia no CREA, na ouvidoria, no sindicato e até em reunião de condomínio, até que seja entendido o óbvio, que atentar contra o trabalhador é repugnante.