Vereadora tem sofrido perseguição por ter apoiado uma festa LGBTQIAPN+ por meio de emenda impositiva
No último domingo (14), ocorreu a festa “Bicuda” na praça Durval Pattaro, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). O evento faz parte do calendário cultural da cidade desde 2018 e tem como foco a valorização da temática LGBTQIAPN+.
O evento foi realizado pela Secretaria de Cultura, comandada por Alexandra Caprioli, que por sua vez responde ao prefeito Dário Saadi (Republicanos). Todavia, o que o prefeito e vereadores alinhados estão tentando fazer é responsabilizar a vereadora Paolla Miguel (PT), pela destinação de recursos para o custeio da estrutura da festa (palco, banheiros químicos, etc.) – sem nenhum conhecimento ou responsabilidade sobre o conteúdo das performances.
O que enxergamos é, no mínimo, um mau-caratismo. Todavia, ao nos aprofundar na questão, vemos que esse movimento não se resume apenas a isso. O que está por trás disso tudo é racismo, machismo e homofobia.
Paolla Miguel é uma jovem preta, periférica e bissexual. E foi assim que se elegeu, justamente para representar essa importante parcela – majoritária em porcentagem, mas minoritária no Legislativo – da população campineira.
Além dessa “resposta” cretina, que visa transferir a responsabilidade à vereadora, o prefeito Dário Saadi definiu que a partir de agora todos os eventos culturais devem ter classificação etária indicativa. E por que já não tinham anteriormente? Essa omissão do Poder Executivo seria motivo de cassação do prefeito?
Diante de todos esses fatos, reiteramos todo o nosso apoio ao mandato da vereadora Paolla Miguel. O Sindipetro Unificado está junto com o seu mandato e todos os que estão comprometidos em combater a desigualdade, promover oportunidades e respeitar a diversidade em todos os âmbitos.