Petroleiros informaram ao sindicato dificuldades em obter acesso aos testes complementares de covid-19 solicitados pela Refinaria de Paulínia e realizados em laboratório externo

Por Andreza de Oliveira
A direção do Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) recebeu reclamações de trabalhadores da Refinaria de Paulínia (Replan) que, ao realizarem os testes para identificação da covid-19 pelo Laboratório Ramos de Souza – indicado pela empresa -, tiveram dificuldades para acessar o laudo completo do exame.
O laboratório se apoiou na justificativa de que, após a realização da testagem, somente o gerente de saúde ocupacional da Replan poderia disponibilizar o laudo completo ao petroleiro solicitante. “Informaram que o gerente da saúde ocupacional da refinaria proibiu que o laboratório nos fornecesse o acesso direto ao exame”, afirmou um petroleiro que preferiu não se identificar.
Segundo o trabalhador, os exames ficam sob controle da refinaria, que costuma ligar aos petroleiros que realizaram os testes em laboratórios externos para informar o resultado, mas não disponibiliza o laudo completo nem uma senha e login para acesso direto no site do laboratório.
Complementares ao teste rápido obrigatório, realizado quinzenalmente na empresa, os testes de sorologia e PCR possuem uma maior confiabilidade e só podem ser realizados em laboratórios externos, sendo solicitados pela refinaria quando o trabalhador se queixa de algum sintoma da doença.
“O resultado do teste pertence ao paciente e tem que ser direcionado a ele e ao médico que solicitou o exame”, explica o médico que assessora o Sindipetro-SP, Adilson Campos, que elaborou junto ao sindicato um ofício cobrando posicionamento da Replan e do Laboratório Ramos de Souza.
No documento, o Sindipetro-SP solicita à Replan e ao Laboratório Ramos de Souza que sejam tomadas, urgentemente, providências para garantir a transparência a partir da disponibilização de login e senha para os trabalhadores que realizaram exames complementares. Até o momento, entretanto, as empresas não responderam ao ofício.