Em todas as literaturas modernas, a manutenção é citada como um setor estratégico para a empresa, que deve focar na confiabilidade operacional, atuando de maneira eficiente para que a disponibilidade e o tempo entre reparos aumentem e a quantidade de intervenções diminua.
Essa, entretanto, não parece ser a lógica da Replan. Recentemente, chegou ao conhecimento do Sindicato que setores da manutenção estão utilizando retalhos de roupas usadas como pano de limpeza, devido à falta de reposição desse produto por parte da empresa.
No estoque também faltam uniformes RF, uma conquista dos trabalhadores e que devem ser tratados como EPI básico, e até mesmo fita isolante.
A última pérola que chegou aos “ouvidos” da direção sindical foi a decisão de fechamento da ferramentaria Petrobrás. No momento, os instrumentos de medição, como paquímetros e micrometros, estão sem certificado de calibração e não podem ser utilizados.
As ferramentas hidráulicas, conhecidas como hytorque, estão quebradas e, pelo visto, não serão consertadas. Essa decisão decreta, em definitivo, o fim da manutenção própria na Replan.
A falta de EPI básico e de material de consumo e o uso de pano velho mostram que a manutenção na Refinaria de Paulínia parece estar em farrapos. Só nos resta torcer para que os ventos não mudem de rumo e continuem soprando em direção à rodovia.