Rlam, após privatizada, vende combustível mais caro que a própria Petrobrás

Acelen, empresa do grupo árabe Mubadala e nova proprietária da refinaria baiana, aplica política de preços própria mais alta do que a da Petrobrás

Em dezembro, já privatizada, a empresa havia deixado de abastecer navios no Terminal Madre de Deus, o maior da Bahia (Foto: André Valentim/Agência Petrobrás)

Adquirida em dezembro pela Acelen, empresa do fundo árabe Mubadala, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam) já passou por três reajustes nos preços praticados nos postos baianos somente neste ano, com gasolina e diesel custando mais do que na própria Petrobrás.

As refinarias que ainda pertencem à estatal, apesar de praticarem preços que impactam no bolso do consumidor por conta da política de preços da Petrobras, o PPI (Preço de Paridade de Importação), tiveram um único aumento no primeiro mês deste ano. A atitude da companhia pode indicar que a estatal esteja segurando os repasses de alta no mercado internacional.

A Acelen informou que possui critérios “claros e transparentes” para os reajustes que variam de acordo com as cotações do petróleo e dólar. Com o último reajuste, hoje, na Bahia, a gasolina vendida pelo grupo é R$ 0,14 o litro mais cara do que na Petrobrás, enquanto o diesel S-10 é R$ 0,06 o litro mais caro que na estatal.

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Ainda em dezembro do último ano, já em funcionando sob o comando da Acelen, a Rlam deixou de abastecer navios pelo Terminal Madre de Deus (Temadre) e também demorou para repassar queda de 3% no preço dos combustíveis a seus derivados.