Replan nega ajuda em campanha de doações para despejadas da Ocupação Nelson Mandela

Para ajudar as famílias que foram despejadas da Ocupação Nelson Mandela, em Campinas, no dia 28 de março, o Sindicato iniciou uma campanha de arrecadação de donativos e pediu a colaboração da Replan. A ideia era que a refinaria cedesse um espaço interno para que os trabalhadores pudessem depositar suas doações, que seriam recolhidas posteriormente pelos diretores do Sindicato. A gerência da empresa, entretanto, se recusou a ajudar.
Diante da postura dura da Replan, os dirigentes sindicais tentaram negociar um espaço para a coleta na área externa, até mesmo na cerca da refinaria. Com a desculpa burocrática de sempre, de que os procedimentos não permitem, não houve acordo. O Sindicato decidiu, então, recolher os donativos diretamente com os trabalhadores, nos ônibus.
“Certamente seria bem mais fácil e solidário se a refinaria tivesse cedido um espaço para a entrega das doações. É muito deprimente como essa lógica empresarial pode ser perversa quando se trata de ser solidária com as pessoas que estão passando necessidade”, lamentou o diretor Bob Ragusa.
Muitos petroleiros da ativa e aposentados estão colaborando com a campanha do Sindicato e entregando donativos aos diretores na refinaria ou levando na sede da Regional Campinas. “Já fizemos várias entregas de doações para as famílias do Nelson Mandela, desde alimentos e roupas até fraldas e colchonetes”, contou o diretor Giba Soares.

Joana D’Arc
Toda a solidariedade que falta à gerência da Replan, e ao prefeito Jonas Donizette que também negou ajuda aos desabrigados, sobra aos moradores da ocupação Joana D’Arc, do bairro Cidade Jardim, em Campinas. Mesmo vivendo em situação precária e com pouquíssimas condições, essas pessoas estão auxiliando as famílias despejadas, cedendo comida, roupas e abrigo.
Graças à solidariedade dos moradores do Joana D’Arc e do povo campineiro, as necessidades materiais imediatas das famílias do Mandela diminuíram bastante nesses últimos dias. “Mas toda ajuda ainda é bem-vinda, principalmente doações de leite em pó e água potável. As famílias também precisam de lona, para se proteger da chuva. Estamos fazendo o possível para garantir a essas pessoas, que têm uma vida tão sofrida, um pouco de dignidade”, afirmou o diretor Geraldo Cestarioli.

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