Desde o fim da greve, os petroleiros iniciaram uma busca por apoios e, além disso, um movimento de cobrança das autoridades e políticos que poderiam interceder pelo retorno dos demitidos. Em agosto de 1983, o então presidente em exercício Aureliano Chaves (Figueiredo havia se licenciado para realizar uma operação cardíaca nos Estados Unidos) esteve na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) para uma visita. Por intervenção do bispo, os petroleiros conseguiram uma audiência com Chaves, que garantiu abrir um canal de negociação.

Em outubro de 1984, representantes do Sindipetro – retomado pelos trabalhadores a partir de uma nova chapa – se encontraram com o então candidato à presidência, Tancredo Neves, que se comprometeu, caso saísse vitorioso nas eleições, em discutir o retorno de todos os demitidos.

A sua morte, entretanto, não permitiu que a negociação ocorresse. Mesmo assim, grande parte dos petroleiros conseguiu retornar em 1985 – a exceção foram alguns integrantes da diretoria cassada, que voltariam apenas alguns anos depois por via judicial.