Quem é o (s)inistro do meio ambiente

Em mais uma pataquada, Ricardo Salles afirmou em entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura), que Chico Mendes, referência mundial na luta em defesa do meio ambiente, era uma figura irrelevante. Daqui a 20 anos, Chico Mendes continuará a ser lembrado e reverenciado como um dos maiores líderes ambientalistas do Brasil e do mundo, assassinado a mando de interesses dos latifúndios, hoje conhecidos como agronegócios. Já Ricardo Salles, atual ministro do Meio Ambiente, se alguém se lembrar dele, será por suas maracutaias em defesa de interesses empresariais.

Matéria do site The Intercept informa que Ricardo Salles, à época Secretário de Meio Ambiente de São Paulo, solicitou alterações no mapa do Plano de Manejo da Várzea do Rio Tietê, a pedido da Fiesp, que desejava rever o zoneamento de duas regiões específicas às margens do rio – uma entre as cidades de São Paulo e Suzano e a outra entre Barueri e Santana de Parnaíba. O Ministério Público foi acionado e Salles condenado por improbidade administrativa, com multa de dez vezes o seu salário na época, e teve seus direitos políticos suspensos por três anos. A condenação saiu no dia 18 de dezembro de 2018. Duas semanas depois, ele assumiu o cargo de ministro do Meio Ambiente na gestão de Jair Bolsonaro.