Por Norian Segatto
De Norte a Sul do país, o Brasil viveu um dia de intensas manifestações, capitaneadas por professores, estudantes e profissionais de Educação, em protesto contra o brutal corte de verbas para esta área vital ao país. Outras categorias se uniram em solidariedade à Educação de qualidade e engrossaram o coro contra a reforma da Previdência, contra as privatizações e o desmonte do Estado em favor de interesses financistas internacionais.
“Enquanto estamos nas ruas, o Bolsonaro está no país que ele escolheu para ser serviçal”, disse do alto do carro de som na Avenida Paulista, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em referência ao fato de Bolsonaro estar nos Estados Unidos enquanto ocorriam as manifestações. Mais de 150 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista no maior ato desde a posse do novo governo.
No final da tarde, os organizadores divulgaram um balanço da participação popular nos atos: de 3 a 5 milhões de pessoas participaram em todo o país. Essas pessoas, incluindo todos os petroleiros/as que participaram, foram chamados de imbecis por Bolsonaro.
Petroleiros em luta
Os trabalhadores da Replan e da Recap se uniram à luta dos profissionais da Educação, atrasando a entrada do turno da manhã em mais de duas horas. Nas duas refinarias, e em todas as bases da FUP, ocorreram atos e atrasos semelhantes. A principal bandeira da categoria é contra a privatização da Petrobrás e a entrega do pré-sal.
Greve geral
As manifestações deste dia 15 foram um “esquenta” para a greve geral convocada por todas as centrais sindicais para o dia 14 de julho. “Hoje foi um dia muito importante, demonstramos para o mundo que no Brasil há resistência contra a barbárie representada pelo governo que aí está. No dia 14 vamos realizar uma grande greve nacional”, convoca o coordenador do Unificado, Juliano Deptula.