Petroleiros na rua pelo fim do genocídio, comida no prato e combustível a preço justo

Em São Paulo, 2 de outubro reuniu milhares de manifestantes pelo impeachment de Jair Bolsonaro e contra os sucessivos aumentos dos preços dos alimentos e combustíveis

Petroleiros posicionaram botijões infláveis em diversas cidades brasileiras em reivindicação por preços justos (Foto: Vinícius Denadai)

Por Andreza de Oliveira

Em atos espalhados por todas as regiões do Brasil, neste sábado (02) mais de milhares de manifestantes tomaram as ruas pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). A categoria petroleira não ficou de fora, foram registrados atos de todos os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Na capital paulista, onde ocorreu o maior ato do país, petroleiros do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) estiveram presentes e reivindicaram melhores condições de vida aos brasileiros, permanência da Petrobrás pública e combustível por preço justo.

“Estamos aqui hoje porque é um absurdo o que estão fazendo com o Brasil, o governo tem uma visão de que o estado deve servir a poucos e não à população, é isso que acontece com o preço dos combustíveis, estão transferindo a renda do povo para os poucos acionistas da Petrobrás”, afirma a diretora do Sindipetro-SP e da FUP, Cibele Vieira.

Paulista cheia de manifestante no ato contra Bolsonaro no dia 2 de outubro
Manifestantes ocupam 10 quarteirões da Paulista em ato contra Bolsonaro. (Foto: Vinicius Denadai)

No último trimestre, a Petrobrás lucrou quase R$ 43 bilhões e repassou R$ 32 bilhões em dividendos, e dessa quantia, R$ 13 bilhões foi destinado a acionistas estrangeiros, enquanto toda a receita do gás, durante esse período, foi de R$ 6 bilhões. “Poderíamos ter distribuído duas vezes gás de graça para a população inteira só com o valor que foi pago para acionista estrangeiro”, informa a petroleira.

O gás tá caro? A culpa é de Bolsonaro

Para o diretor do Sindipetro-SP, Alexandre Castilho, o impeachment do chefe do Executivo é a única maneira que resta para a defesa da soberania brasileira. “Nos unimos nesse protesto para defender nosso país, o povo brasileiro e a riqueza que pertence a eles, o petróleo. Queremos que a população tenha acesso à produtos de qualidade e por um preço justo”, finaliza o dirigente.

Demais mobilizações com a participação de petroleiros foram registradas em Brasília (DF), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Macaé (RJ), Manaus (AM) e Recife (PE).

 

 

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