Empresa garantiu normalização dos pagamentos mediante indicativo de suspensão temporária da greve; proposta será votada em assembleias

Por Guilherme Weimann
Na tarde de terça-feira (13), diretores do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) se reuniram com representantes da Petrobrás para iniciar a negociação da pauta de reivindicação do movimento grevista.
O ponto central deste primeiro encontro, que ocorreu por meio de plataforma virtual, foi a normalização dos salários. Isso porque, como retaliação, a empresa cortou o adiantamento, que ocorreria no dia 10 de abril, dos trabalhadores que participaram de alguma atividade da greve.
“Para nós, essa atitude se configura como prática antissindical, passível de desdobramentos no campo jurídico, inclusive. Mas não viemos aqui apontar o dedo ou julgar quem está errado. O nosso objetivo é garantir que os pagamentos sejam realizados o mais rápido possível para não prejudicar ainda mais os trabalhadores”, afirmou o coordenador do Sindipetro-SP, Juliano Deptula.
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Como condição imposta pelo Sindipetro-SP para abrir o processo de negociação, o gerente de Relações Sindicais, Fabricio Pereira Gomes, garantiu o depósito integral dos salários no próximo dia 25 – data institucionalizada mensalmente pela empresa para a quitação do salário.
Como contrapartida, o representante da gestão da Petrobrás solicitou uma formalização do indicativo de suspensão da greve, que será apreciada pela categoria em assembleias. Além disso, o Sindipetro-SP levará a proposta de manutenção do estado de greve e de assembleias permanentes.
Pautas
A partir do resultado dessa votação, sindicato e empresa voltarão a se reunir para definir um cronograma e metodologia para discutir os pontos indicados na pauta da greve. Os petroleiros reivindicam o cumprimento do efetivo mínimo; a apuração de erros nas homologações; a extinção do Saldo AF – que é uma espécie de cálculo para registro de frequência; critérios objetivos e transparentes para mudança de “ênfase” e transferências; o fim das terceirizações em tarefas inerentes aos cargos de trabalhadores próprios; um plano emergencial para conter a escalada de acidentes.
Na Recap, os trabalhadores também pedem a assinatura da minuta da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para a tabela de 12 horas já aprovada em assembleia pelos trabalhadores.
Confira abaixo o calendário de assembleias:
Refinaria de Paulínia (Replan)
15 de abril – 7 horas – Grupo 4
16 de abril – 19 horas – Grupo 5
19 de abril – 19 horas – Grupo 1
20 de abril – 7 horas – Grupo 2
22 de abril – 7 horas – Grupo 3
Refinaria de Capuava (Recap)
15 de abril – 7 horas – Turno E
15 de abril – 19 horas – Turno A
16 de abril – 7h30 – HA (Administrativo)
17 de abril – 7 horas – Turno B
17 de abril – 19 horas– Turno C
19 de abril – 7 horas – Turno D