Companhia irá se desfazer de sua participação e incluirá outras 10 concessões na região

A Petrobrás anunciou que assinou o contrato para a entrega total de sua participação no campo terrestre de Rabo Branco, o maior do país, na Bacia Sergipe-Alagoas, em Carmopólis, que possui 11 estações de tratamento e 230 km de gasodutos e oleodutos.
Responsável pela produção de 10 mil barris de óleo e 73 mil metros cúbicos ao dia, até setembro deste ano, o ativo tem valor estimado em 1,7 bilhão de barris em sua reserva.
Descoberto em 1963, já foi considerado um dos maiores petrolíferos da América Latina e foi essencial para impulsionar a atividade exploratória no país e permitido a descoberta do primeiro campo em mar localizado na Bacia de Sergipe.
O negócio fechado por US$ 1,5 milhão junto à Energizzi Energia do Brasil no último dia 11, no Rio de Janeiro, não para por aí. Também entrarão no pacote da companhia outras 10 concessões de áreas da Bacia Sergipe-Alagoas: Aguilhada, Angelim, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Castanhal, Ilha Pequena, Mato Grosso, Riachuelo e Siririzinho.
Segundo a empresa, a finalização do acordo está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como o não exercício de direito de preferência pela atual consorciada Petrom Produção de Petróleo e Gás Ltda. (Petrom) e a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a Petrobrás, a operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra profundas, tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.
Em outras palavras, sob gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro da Economia Paulo Guedes, tudo que não for pré-sal, corre o risco de ser entregue ao capital estrangeiro.
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