Petrobrás acata reivindicação do sindicatos e garante trabalho remoto para PCDs

Outras reivindicações dos trabalhadores com deficiência e pais de PCDs também estão sendo discutidas com a empresa, como melhorias no plano de saúde e a suspensão das transferências

FUP
As negociação com a Petrobrás foram realizadas pelo diretor do Sindipetro-SP, Tiago Franco (Foto: Adobe Stock)

Da Comunicação da FUP

Na última quinta-feira (13), a diretoria da Petrobrás aprovou reivindicação apresentada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) de garantir aos petroleiros com deficiência a possibilidade de trabalho remoto em tempo integral. A adequação da jornada de trabalho para as PCDs e pais de PCDs foi tema de um Grupo de Trabalho (GT), que contou com a participação do diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), Tiago Franco, que representou a FUP na negociação.

A reivindicação de extensão do trabalho remoto para todos os dias da semana foi atendida, a princípio, para os trabalhadores do regime administrativo que tenham algum tipo de deficiência. O GT continuará buscando estender a conquista para as PCDs dos demais regimes de trabalho e também pais de PCDs.

Essa foi uma das principais demandas que a FUP discutiu com um grupo de trabalhadores PCDs e pais de PCDs, em reunião realizada no final de janeiro, que resultou em um documento que foi encaminhado à Petrobrás, em fevereiro, cobrando uma negociação para melhorar as condições de trabalho desse importante segmento da categoria.  Somente após a mudança da diretoria foi possível fazer a pauta avançar, com a criação do GT.

A adesão ao teletrabalho cinco vezes na semana será opcional para os empregados de regime administrativo, a partir de primeiro de maio. Para isso, será preciso assinar um termo aditivo ao Acordo Coletivo, que estabelece o regramento desse regime de trabalho.

Além dessa importante conquista, outras reivindicações das PCDs, como questões relativas ao plano de saúde e a suspensão das transferências, serão discutidas em outro GT específico para tratar da pauta das PCDs.

Tiago Franco, que também coordena a Frente Petroleira LGBT, ressalta a importância da organização dos trabalhadores na luta pelo respeito à diversidade e aos direitos humanos dentro da Petrobrás. “Esse GT foi uma conquista importantíssima, que confirma a necessidade da FUP e dos sindicatos incorporarem cada vez mais as pautas da diversidade nas negociações coletivas e ampliar a representatividade dos PCDs e LGBTs nas direções”, afirmou.

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